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Mostrando postagens de fevereiro, 2015

"Não sei grande coisa de desassossegos, o mais que faço é aproximar-me de uma varanda como de uma falésia, esquecer-me, mesmo, do guarda-chuva e sentir o céu, fechar os olhos quando o desejo vem e não te ter como se te tivesse."

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“[...] de alguma forma quero te fazer compreender que não é assim, que tenho um medo cada vez maior do que vou sentindo em todos esses meses, e não se soluciona, mas volto e volto sempre, então me invades outra vez com o mesmo jogo e embora supondo conhecer as regras, me deixo tomar por inteiro por tuas estranhas liturgias, a compactuar com teus medos que não decifro, a aceitá-los como um cão faminto aceita um osso descarnado, essas migalhas que me vais jogando entre as palavras e os pratos vazios, torno sempre a voltar, talvez penalizado do teu olho que não se debruça sobre nenhum outro assim como sobre o meu, temendo a faca, a pedra, o gume das tuas histórias longas, das tuas memórias tristes...”                                                   Hoje, resolvi que precisava de algumas palavras. Sim, precisava retirar-me, e apoderar um pouco daquilo que considero meu mundo desconexo. E enquanto desfaleço em sono de profunda imaginação incontida, volto a perguntar-me, se um dia,