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Mostrando postagens de setembro, 2015

"O que venço me vence, se não concentro o peso. Desgravito o vínculo dos meses, elimino a raiz quadrada do que morro."

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“ Paga-se a vida tão caro, mas viver não nos derrota, deslumbra. Estando certo de que o tempo terá como e onde ficar: no entressono. E não sou mais estrangeiro. Deus concedeu esta graça de permitir que mais velho, por tanto errar, possa ao menos contemplar que sou eterno.” Sempre haverá um dia certo para aquilo que há de ser/existir. E nada vai ser ao acaso, muito menos fácil de prever. Afinal, cada qual tem um caminho, e o descaminho pode ser o perder-se ou encontra-se. É tudo questão de ótica, daquilo que reflete e de onde se encontra o enxergar. Talvez ela fosse assim, e assim buscava seu caminho, o lugar ao mundo, e entendia os descaminhos dos outros como se fossem os próprios. E assim continuava a viver, lutando a cada dia por aquilo que acreditava. Antes, mais crença, e hoje peleja, aflição, um toque menos delicado com aquilo que outrora havia sido importante. Aos poucos a vida se confrontava e conformava em uma nova forma, um início menos doce, mas acautelado

"Há na intimidade um limiar sagrado, encantamento e paixão não o podem transpor - mesmo que no silêncio assustador se fundam os lábios e o coração se rasgue de amor."

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Sempre vai existir alguém que vai ouvir, ou tentar entender a gente, por mais estranho que pareça. E mesmo que não possa entender, vai ouvir gentilmente e tentar falar algumas palavras que confortem, que permitam a volta da paz. E começou de um jeito assim, meio inesperado. Meio roubado. “Os dias em que não estava contigo são criminosos. Falta-me um álibi para dizer onde eu estava.” Virou promessa, são 365 poemas. E um deles virou conversa, que virou texto, e virou alguma outra coisa para cada um que o lê, nos lê, e se encontra também, igualmente, assim.  4º dia de promessa de um par de olhos doces, de um coração gentil: Yá: Há certos domingos, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo estar alí quietinhos ... sóbrios ou no mais puro silêncio em uma noite de verão a espera da eternidade. Corações em brasa apaixonam-se muitas vezes na vida, poucos amam ou encontram um amor verdadeiro, outros como nós ESCREVEM, sabendo que por maior que

"Talvez um dia, para além dos dias, encontres o que queres porque o queres. Então, livre de falsas nostalgias, atingirás a perfeição de seres"

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“De tão estranho que sou de mim. Sou eu? Espanto-me com o meu encontro...”   [Clarice Lispector] Das inapetências, a pior delas é minha velha mania de reticências. Meus silêncios custam mais que talvez possam pensar. Mas que “diabos” eu estou querendo dizer? Falo do silêncio que me povoa, daqueles momentos em que eu desconheço a mim, que deixo a mim mesma em um gigantesco suspense. Isso é um tanto desgastante, ter que explicar-se a si mesma diariamente, e voltar ao looping indefinido do “afinal, quem sou eu?”. Mais desgastante é vivenciar aquilo que arde e depois adormece completamente. Como poderei explicar? Sigam as minhas reticências ... Eu costumo dizer que gosto da vida meio nua e crua, para senti-la em sua totalidade. Sejamos menos indigestos com as palavras e compreendam que alguém como eu gosta da precisão, e necessita estar sentindo a vida, naturalmente estar além de uma sobrevivência diária. Deve ter algum sentido para isso, mas enquanto eu não c

"Penso nos olhos, nas coisas que são efémeras, no teu amor. Os olhos comovidos, um azul qualquer que guarde ainda o céu sobre as nossas cabeças incendiadas."

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“A parte indefinida do meu ser Ama a sombra espectral em que desvairas... E nem, ao menos, posso compreender Esta força amorosa que me leva Para a tua loucura ! " Há que existir algo de débil no amor. Afinal, é como condenar-se a dor, a demoras, ao tempo, e mesmo quando o tempo finge estar ao lado, é quase certo que apesar de que eu tenha toda a paciência do esperar-te, você já se foi sem que eu sequer tenha notado; e quando me esperas, talvez eu já nem esteja distante do teu tempo que não tem compasso que se igualhe ao meu. Não existe outra maneira de explicar, é quase antiquado usar palavras pra descrever, por que há algo de sensato em amar? Se eu esperei a vida toda por ti, e ao certo eram teus olhos que faziam meus dias mais coloridos. Quando sentia tua chegada ao toque da pele, o teu cheiro que ficava em mim, meu corpo a tombar nos teus braços e o coração esperando um afago todo desacertado, igual a cor das minhas maçãs do rosto que não sabiam guardar segredo.

"Meu amor está cansado, surrado, ele quer me deixar para renascer depois, lindo e puro, em outro canto, mas eu não quero outro canto, eu quero insistir no nosso canto." (Tati Bernardi)

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"Estar com alguém errado é lembrar em dobro a falta que faz alguém certo." Olha só amor, Olha até que ponto eu cheguei, Caída na sarjeta Pagando pelas certezas com um coração esquecido Vou assim, Levando até a última parte de mim Mas o teu silêncio domina a mim, No meu pranto permito o isolar, Mas hoje eu peço um gole de boa vontade Pra me ausentar da dor que invade E esperar, quem sabe um recomeço, Pra veranizar minha alma uma vez mais Sem culpa, Sem desculpa, Sem vaidade, Sem um final, Uma despedida e Um ponto final. Olha só meu bem, que hoje estou a desabar, Escondida de mim mesma, Sem saber se amar é ... Se a maré me leva Ou me deixa na beira mar, Sem afogar, Sem saber se a dor vai findar. Deixo-te magoar meu coração uma vez mais, Porque não há rota de fuga Já não me cabe mais Transborda, [em] para ti, Deixa meu amor aconchegar no lugar que sempre o apeteceu. Inconsequente, Exponho ao mundo a alma desn

"O descontentamento é o primeiro passo na evolução de um homem ou de uma nação." (Oscar Wilde)

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“O caminho dos paradoxos é o caminho da verdade. ” Apesar do acaso das situações (assim quero chamar no momento), sinto uma imensa necessidade de escrever, e mesmo satisfazendo essa vontade imensa com qualquer assunto banal, a vontade é única e requer mais que somente teclas vazias (“se é que me entendem?”). Resolvi falar exatamente o que me perturba. O que me retira do travesseiro todas as noites. O que não me faz parar de pensar. Bom, tentarei ser breve. Se for possível ... Com todos os ocorridos dos últimos meses, com minha falta de tempo, e com a indisposição de aceitar aquilo que está tão estampado na cara, me veio uma espécie de clareza pessoal. Uma clareza daquilo que me reflete não somente no espelho, mas na alma. E como eu poderia dizer tais palavras, se ainda assim, tendo lucidez, me conheço tão pouco? É muito simples, não leva tanto esforço, mas requer aceitação própria. Hoje, por obra do destino, me enxergo de forma clara, e também se pudesse escrever com t