"O que venço me vence, se não concentro o peso. Desgravito o vínculo dos meses, elimino a raiz quadrada do que morro."
“ Paga-se a vida tão caro, mas viver não nos derrota, deslumbra. Estando certo de que o tempo terá como e onde ficar: no entressono. E não sou mais estrangeiro. Deus concedeu esta graça de permitir que mais velho, por tanto errar, possa ao menos contemplar que sou eterno.” Sempre haverá um dia certo para aquilo que há de ser/existir. E nada vai ser ao acaso, muito menos fácil de prever. Afinal, cada qual tem um caminho, e o descaminho pode ser o perder-se ou encontra-se. É tudo questão de ótica, daquilo que reflete e de onde se encontra o enxergar. Talvez ela fosse assim, e assim buscava seu caminho, o lugar ao mundo, e entendia os descaminhos dos outros como se fossem os próprios. E assim continuava a viver, lutando a cada dia por aquilo que acreditava. Antes, mais crença, e hoje peleja, aflição, um toque menos delicado com aquilo que outrora havia sido importante. Aos poucos a vida se confrontava e conformava em uma nova forma, um início menos doce, mas acautelado