"Amar dói tanto que não dói mais, como toda dor que de tão insuportável produz anestesia própria..."
"Aquele abraço era o lado bom da vida, mas para valorizá-lo eu precisava viver. E que irônico: pra viver eu precisava perdê- lo..." Eu, que me recuso, e fujo dos teus olhos, findo tão assim, sem poder reagir. Pensei até em desdizer-se, desculpar com palavras, mas a raiva tomou conta de meu coração pequeno. Preferi deixar metade assim, ocupado de ausência, oculto nas minhas eternas reticências. Sem vaidade alguma pra adoçar, sem açúcar ou mel. Culpei-te, culpei-me, em todos os versos, cada verso sendo mero coadjuvante. Mesmo que sua presença me gastasse a razão, e por algum desgosto amargo como domingo meu gesto sempre se [des]fazia [im]presente. Com todo cuidado pra não pesar, pra não sustar o dia todo amarrotando a alma, pra não ficar assim tão sem jeito, feito nó desfeito em barbante velho, fui direto pra depois de depois da quinta feira. Enlacei com o olhar que a custo previa os movimentos de algo que parecia um dia bonito, que não pareceu passar, mas p