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Mostrando postagens de outubro, 2012

"Chegaste, enfim! Milagre de endoidar! Viu-se nessa hora o que não pode ser."

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“A vida é sempre a mesma para todos: rede de ilusões e desenganos. O quadro é único, a moldura é que é diferente . ” Eu costumo pensar que, a tendência das coisas só piora quando a gente acredita que já aprendeu aquilo que na realidade sabemos que existe, mas não compreendemos de fato. É como ler um capítulo de um livro e ainda assim no final ter apenas algo vago na memória. E pra que estou falando isso agora? Justo que me façam essa perguntar. Era julho, estava no fim do mês, e eu tinha juntado um bom dinheiro. Estava querendo tirar um tempo pra viajar. No inicio do mês recebi uma carta da Marry avisando que eu iria embarcar com ela num navio, e que daríamos uma volta por aí (ela nunca específica nada, eis o grande problema). Ela tinha na mente a ideia de conseguir que eu trabalhasse durante esse tempo, e que ainda assim, nós dois pudéssemos desfrutar de uma bela viajem cruzando os mares, e voltasse com a grana suficiente pra realizar o grande plano (eu não fazia ideia d

"Se nossas linhas não fossem tão tortas não teriam se cruzado."

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"Fazia tempo que alguém não ficava tão calado enquanto eu apenas existo, fazia tempo que alguém não ficava tão perdido só porque me encontrou. " Era quarta feira, meio da semana. Peguei meu celular e apertei na tela pra ver a hora. As pessoas no trabalho foram ocupando seus lugares, e então começaram a trabalhar. A velha rotina irritante de todos os dias. Do nada, entra na sala, a Marry, que começa a me encarar. Eu não entendi nada, apenas senti ela me encarar até meu rosto ficar vermelho. Pensei que alguém poderia ter notado alguma coisa, mas ninguém estava prestando muita atenção. No entanto, mesmo sem saber o porque aquela mulher resolvera adentrar até o espaço do meu trabalho, mudei a estratégia (não que eu tivesse alguma antes, mas digamos que resolvi não ficar apenas com vergonha), a melhor estratégia numa situação similar é sempre olhar fixamente pra ela. Fiquei nisso enquanto as pessoas pareciam estar hipnotizadas pela hábito, todos exceto a assistente do

"Entre a dor e o nada o que você escolhe?"

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“Se procurar bem você acaba encontrando.   Não a explicação (duvidosa) da vida,   Mas a poesia (inexplicável) da vida.” É estranho como a vida permeia as ideias e as ideias a nossa vida. De uma hora pra outra a gente percebe o quanto os momentos podem ser diferentes, muito embora similares ou desconexos. Por exemplo, eu, num bar, com uma maluca. Faltando pouco pra uma da manhã, depois de várias doses duplas, Marry resolveu dizer que estava deprimida. Eu fiz a suposição de que era o efeito depressivo do álcool, porém ela disse com veemência que não era isso: - Não, isso não é culpa do álcool. A culpa é que eu me dediquei demais ao Mario, passei por muitos problemas. E depois dessa gota d’agua que cometi, com toda a certeza, ganhei um tíquete pra morte. - Ele não vai te matar! - Você não o conhece! Eu que acho que conheço, sei que não faço a mínima ideia do que se passa naquela cabeça monstruosa. Conversar com ela, conhecer a história dela foi como ler um

"Por isso, preste atenção nos sinais, não deixe que as loucuras do dia a dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O amor."

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“Se minhas loucuras tivessem explicações, não seriam loucuras.” A vida planeja encontros, desencontros, e desencontros encontrados. Tanto é que alguns meses após me separar de forma brusca com Sandra, nesses desencontros encontrados, eu conheci a Marry. Mal sabia que começaria a entrar numa das fases mais complexas da minha vida, da qual preferia nem lembrar, exceto que a separação com a Sandra e meus problemas me fez crescer; uma parte minha ficou no passado, morto; outra parte de mim quis recomeçar. Com o surgimento de Marry na minha vida, posso dizer que inicia um período transitório. Até então eu pensava somente em possibilidades de estar com a Sandra longe de todos os conflitos que nos unia, porém a ideia sempre foi algo vago demais, e nunca passamos da paixão. Quanto a Marry, diria que ela seria o ingrediente que faltava pra tudo começar a andar, pras engrenagens moverem-se novamente a todo vapor. E toda a vida da Marry era um antes e um depois. Quando a Marry e

Sabe lá

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Sabe lá o que vem por aí, Palavras tortas E a vontade passando pela alma traduzida pela minha voz. Sabe lá por quantas notas naveguei, Por horas sei que estive perdida, E a minha obrigação eu já sei qual é. Todas as canções que debocham do meu peito, nelas não há defeito Esse é meu mal Por isso eu canto, por um segundo a mais sonhando, Assim a vida segue sorrindo, enquanto eu encanto o mundo Nos deboches das notas, se eu não me perder, Deixo mais uma canção escapar no vento. Sabe lá o que meu violão vai tocar, Quero mais nas notas evaporar E numa nova canção ser rainha. Sabe lá o que quer que meu coração exclame, Que seja forte, que seja firme, E os tambores atravessem o compasso debochado do meu timbre. Sabe lá se no espelho o reflexo seja real, E quem toca as canções seja um eu imaginário Na musica a cor tem som, o som tem cheiro, É apenas a vida erguida em notas. Por isso eu ca