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Mostrando postagens de março, 2013

"... Nunca sofra por não ser uma coisa ou por sê-la..." (Perto do Coração Selvagem - p.55)

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“Não sei... Perdi-te, e és hoje Real no [...] real... Como a hora que foge, Foges e tudo é igual A si-próprio e é tão triste O que vejo que existe. ” Acho que eu estou com um, dois, três lados a mais do normal, ou do que eu esperaria de mim mesma. É como ter espelhos voltados e a cada vez que eu olho tenho uma imagem refletida totalmente diferente do que pensava que era. Eu não sei quantos lados meu rosto tem, e quando foi que eu mudei, e mudo. Apenas me apetece o estranhamento de não compreender. Talvez por não entender bem o que se passa aqui dentro, com a alma impaciente e vendo apenas o reflexo, só me restam as explicações. O que importa as explicações? Eu só sei que passei do limite, do meu limite de entendimento pessoal, e de fato ando tão estranha de mim. Penso que só não me expulso de mim porque não dá pra fazer isso. Mas convenhamos que a minha chatice por ser colossal (deveras abundante – até nisso eu sou irritante) fico um tanto atenta pra o que se

"Tão supérfluo tudo! Nós e o mundo e o mistério de ambos."

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"Somos quem não somos e a vida é pronta e triste." E eu vou como se há de ir. Indo. Numa volúpia de passos enlouquecidos, procurando enfim a cura dessa dor de quem tenta ser feliz sem a metade de si. É possível ser feliz? É um direito? Ou é um dever parecer ser feliz? Acho que tempos atrás eu já havia mencionado a habilidade da vida de repetir-se. Isso acontece sempre, e algumas vezes nós até já esperamos a repetição. Porém existem momentos que nos enchem os olhos, nos impactam de tal forma que ficamos absortos. Eu estava andando pelo centro da cidade, segunda no final da tarde, quando os vi passando. Não sei se por força do habito, mas acho que pela minha própria invulnerabilidade, sentindo pelo impulso de ir, mas imperceptivelmente, meus olhos já os seguiam. Ou talvez tenha sido apenas a repetição do que se há de ir, uma vontade de partir e falar paralisada. Explicando melhor, seria o momento em que você se depara com uma visão, no qual uma série pensamentos se