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Mostrando postagens de janeiro, 2016

"É trabalhoso desenhar o próprio caminho no mundo e se entender com a cadência, a intensidade, a espessura, dos próprios traços. Estar receptivo para se descobrir o que se quer desenhar e perceber, a cada trecho do desenho, o que a alma anseia e escolhe para o traço seguinte."

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“Almejo mergulhar na solidão e no silêncio, para encontrar-me e despojar-me de mim, até que a Eterna Presença seja a minha plenitude.” ( in Sempre Palavra, 1985) Eu entrei no meio de uma confusão. Andei por cima de folhas que pareciam dançarem como bailarinas enquanto caiam dos galhos, caiam tão ritmadas. Havia um aspecto um pouco alaranjado no céu, e aos poucos a tempestade parecia sumir, enquanto o frio parecia aumentar a cada instante. Mas eu não estava sentindo nada, não sentia a pele fria. Na verdade não estava sequer ligando para o final do dia. Eu estava de frente para aqueles três homens enfurecidos. Mas ao fundo daquele fardo não sentia absolutamente nada. Meus olhos enxergavam em toda a extensão, e também com tamanha profundidade que eu jamais poderia explicar. Observei com os olhos pesados por vários minutos. Até esqueci o motivo que me levara a estar ali, ou o que me fazia praticamente estar naquela situação. Eu sabia que havia uma distância enorme ent