Meu coração enviou uma carta
Meu coração me enviou uma carta, tão insensata que eu precisei interpretá-la. Descrevendo os desenhos que meus olhos não podiam explicar, e que calados permanecem até agora, por gritar demais em lágrimas o que não podiam entender. Acho que meus olhos ansiavam acordar minha alma pro recomeço, sentir tudo de uma forma nova e me submeter a essa aflição todo o tempo, sentindo o medo de falar alguma coisa errada e estragar tudo outra vez, assim como a luz em excesso estraga a foto é a incerteza em afagos violentos de deixar que a boca por si resolva o que o coração é incapaz. São nesses momentos que eu penso mais forte em como sou, parece que tenho todas as forças suficientes pra me despedaçar como porcelana no chão, e quando mais penso, mais o pensamento se mantém em mim, criando uma certeza de que um instante não é apenas um instante dentro de um eu caótico, é uma infinidade de instantes diferentes. Um instante pode ser um milhão de coisas diferentes numa só, o eu que penso ser e o que a