"Eu poderia ter corrido para sempre, mas quão longe eu teria chegado sem chorar o seu amor?"
"Você é minha queda, você é minha musa, minha pior distração, meu ritmo e minha melodia" Se houvera sido verdade, já não sabia. Haver ou não sentimento dependia apenas das palavras do outro. Às vezes acreditava, por tudo aquilo despertar uma tristeza gigantesca, um olhar insatisfeito das palavras negativas que transbordavam daquela boca que antes dizia palavras de amor. Insatisfeita, guardou nas entranhas todas as palavras malevolamente dissipadas contra a alma; calma, por saber que de dor, a dor que se dói, é bem maior em quem machuca. Assim, quando fora considerada um monstro, por acreditarem que havia fingido sentimento, fazia inconscientemente o ato de não ouvir, pela inconsistência daquilo que era proferido. Repetindo infinitamente “palavras amargas são como chocolate amargo, apresentam um sabor que poucos podem compreender e gostar”. E então mentalizava que em algum momento aquele turbilhão de raiva iria passar, e o ódio proferido em palavras negativas iriam