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Mostrando postagens de dezembro, 2014

"Todos esses abismos, meu amor, não me deram regresso."

“Quem és tu? De onde vens? Na tua fronte Paira o vago crepúsculo infinito Da distância...” Na ânsia de dividir aquilo que outrora tive em meu peito Submerso, Permito-me estreitar a contradança desse dia, Crio essa lonjura, Almejando a mim, Porque agora me sinto supostamente contrafeita, Sou uma simulação de papel, Qualquer chuva me desmancha. E mesmo assim, Permito o autoengano. Mas o que eu poderia fazer? Nessa minha singular circunstância, Estando tão afastada de mim, Cega pelo próprio espelho que transfigura essa imagem antipática, Eu poderia simplesmente aceitar, Que hoje, Quem quer que fosse a desconhecida que eu via no espelho, Emoldurou-se com outra forma, Ficou velha de tanta quinquilharia, Esvaziando de tudo aquilo que já não suportava carregar E, no meio do espanto, Precisou-se de [re] conhecer em meio aos próprios erros e acertos, Para que a seguir, Quando a tarde não fosse mais dia, Ao dissimular a nova oc