Apenas poeira
Com o pensamento disperso, ela mantinha o sorriso preso ao rosto, com beliscão nos lábios, e aos prantos seu semblante deixou-se ficar vazio. Ela sentia a chuva tocar o chão, Como se ferisse e arranhasse os ouvidos, sem sequer ter coerência, eram fatos perdidos pelo pouco que tentava submergir das águas do próprio oceano. Tão muda no mundo que se entranhava pela escuridão, simetricamente entre de um lado e outro na sua incoerência perfeita e distante no sorriso curto e de som abafado O seu vulto de timidez, pintado com cor de sangue nos olhos que guardavam algum segredo como o Santo graal empoeirado Um pouco de pranto, mas tão grande que não cabia no peito que quebrava o que era inteiro, nada sobrando da fronteira que separa os extremos. Pé sobre pé, mão sobre mão, na poeira arenosa quase ironicamente seca, no céu o brilho da sua leveza se desfaz, e foge mais, que forte o tempo tão vazio de pessoas, e tão cheio de estranhos sentimentos, sob os ossos os segundos calculados não p