Postagens

Mostrando postagens de setembro, 2010

Deixa eu te contar

Na minha pele não me coube mais. Meus desejos eu não conheço mais, andam se empurrando demais. Me choco com o desconhecido já íntimo. Numa sensação profunda de que meus dias nunca mais serão iguais e tudo que era o mais incomum começa a fazer parte do cotidiano. Anestesiando a normalidade. São sentimentos de ninguém, que se debatem, se combatem sem saber. Mas são meus, e ainda assim de ninguém. Contar pra ti me leva pra qualquer lugar. Contar pra ti me deixa parecendo o parecido de estar em casa chovendo em poesia, encontro. Impossível são esses meus versos. Mas você não precisa entender, você não precisa. Eu quero só contar, através do meu olhar. Eu vinha sem retrovisor, um rosto estranho me chamou. Olhei pra trás, e vi quem era. Eu juro que vi. Estava ali me confundi, não era. Memória amarelou! A vida anda louca. E pra ti eu conto, a felicidade bate a porta e ainda ri de mim. É...oi, posso te pedir uma coisa? Poderia sair um pouco da minha mente pra eu ter qualquer outro tipo
… tudo isso que me faz sorrir de canto de boca sem saber porque… "Que tal a gente sentir um pouco? O amor, essa coisa toda…Fui ali, um dia eu volto! Quem sabe…” Volto quem sabe um dia,porque os trilhos já tiraram do chão.Olho as tardes, vivo a vida!Nada é em vão…”

Minha forma de sentir

“Teve aquela cena também. De quando eu fui te dar tchau só com a manta branca e o cabelo todo bagunçado. E você olhou do elevador e me perguntou: não to esquecendo nada? E eu quis gritar: tá, tá esquecendo de mim. E você depois perguntou: não tem nada meu aí? E eu quis gritar: tem, tem eu. Eu sempre fui sua. Eu já era sua antes mesmo de saber que você um dia não ia me querer.” No fundo só te indago, interrogo, questiono, é isso que eu faço. A dicróica ressaltava as mãos suadas e agitadas e o brilho do vermelho de coração tão miserável. Chega de perguntas pra boca, palavras de sopro. Eu quero é sentir. Sentir por dentro e não mais ter medo de esquecer. Mas não me sinto no direito de dar nenhuma resposta, na verdade só faço as perguntas. Minhas respostas são os mais loucos sentimentos, assim, todos misturados. Juntos. Eu gosto de pedir pelo grito que vem de dentro pra fora! Aquele de perder a cabeça e acelerar o coração. E gosto quando alguém grita por isso, sempre!

Você sabe?

Sabe rir mole de bobeira? Sabe dançar idiota de alegria? Sabe dormir gemendo de saudade? Sabe tomar banho sorrindo para a sua pele? Sabe cantar bem alto para o mundo entender? Sabe se achar bonita mesmo de pijama e olheiras? Sabe ter ânsia de vômito segundos antes de vê-lo e ter fome de mundo segundos depois de abraçá-lo? Sabe não agüentar? Sabe sobrevoar o frio, o cinza, os medos, os erros e tudo que pode dar errado? Ele consegue fazer com que eu me perdoe por apenas viver sem questionar tanto. Eu quero parar com tudo isso, ele é um menino que não pode acompanhar minha louca linha de raciocínio meio poeta, meio neurótica, meio madura. Eu quero colocar um fim neste tormento de desejar tanto quem ainda tem tanto para desejar por aí. E aí eu me pergunto: pra quê? Se está tão bom, se é tão simples. Ele me ensinou que a vida pode ser simples, e tão boa.

Anjo meu

Anjo meu, meu único amor, só ódio enfeita o veneno que destila, é a dor mais profunda, meu sentimento mais perfeito. Você sacudiu meu mundo com tuas palavras, não eram nem sequer sobre mim, mas meus olhos não sentiam te procurar como possessão atada no peito de deslumbre. Afastada do normal, entre um pensamento e outro, eu guardo o suicídio dos meus dias com o corpo morrendo e aquiescendo, punho cada vez mais fraco, longe de mim mesma. Os meus olhos amarrados, e com o gosto amargo da indiferença vou me entorpecendo e enlouquecendo aos poucos por suas palavras dispersas, nem sei se finjo ser feliz ou a felicidade que insiste em mentir nas entranhas que escurece meu brilho. A maneira como você age comigo, perdendo a prudência, meu cristal vira pó fino levado com o vento, em tua covardia me amparastes outra vez sugando os traços confusos, inutilmente de corpo punido, arte que quebra o palco da piedade da escuridão em que estrelas morrem, adormecem pelo fio do tempo. An

Me aquieta com explicação no final

Procuro sinônimos, Mantendo o sorriso sóbrio, E enquanto fecho os olhos, Desapareço em mim. Preciso fugir, E se a lágrima cair, Me apagar, Me deixar no ar, Sem muitos mistérios. Não me resta mais nada. Então me aquieta, Me deixa sem palavras uma vez mais, enquanto o trovão quebrar os sete céus Me arquiteta pela íris dos meus olhos, e não me deixa cair,não me deixa mais. O fogo vem a me queimar por dentro, Enquanto embebeda meus sentidos, Sufoca-me a respiração e me atira ao chão. Com os olhos perdidos,caídos. Me mantenho com o corpo sobreposto aos cacos Estou em pedaço despercebidos. Eu não posso ficar aqui, Eu te queimaria assim, Sem sentir,e as cinzas cairiam como neve sobre o solo quente, Em sinal de muito pouco restar de nós. O subentendido tão perfeito, Mas que tanto odeio quanto amo, E não me resta mais nada. Então me aquieta, Me deixa sem palavras uma vez mais, E quando o trovão quebrar os sete céus, Me arquite