Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2013

"Criaturas que derretem-se, entregam-se, consomem-se e não sabem negar-se costumam trazer um sorriso enigmático nos lábios. Alguma recompensa há de ter."

Imagem
“A desculpa é esfarrapada mas é legítima. Nada é mais vulnerável que nosso desejo. Na luta entre o cérebro e a pele, nunca dá empate. A pele sempre ganha . ” Peço desculpas se meus pensamentos não conseguem te soltar. Meu bem, não é querendo te esconder do mundo. Não há motivo para te trancar em mim. É o oposto. Te quero exposto, apelando com teu olhar no meu. Como um quadro com todas as cores imagináveis. Quero que te olhem por meus olhos, te sinta pela minha pele ao toque do seu toque. Sintam como minhas unhas marcam quatro linhas em tuas costas. É justo e oposto, exposto. De certo modo, meu bem, sei que eles iriam querer te guardar também. O que eles talvez não possam perceber é que não é corpo, é o contexto, textura. Contrates de tons. Simples devaneios da minha ilusão. E no contexto, meu filme, minha ficção de ti, seja silêncio, imenso, surdo, e ecoando. Talvez enfatizando os contrastes das nossas texturas mescladas, eles entendessem a dor e a beleza disso tudo. Disso

"Sempre conservei uma aspa à esquerda e à direita de mim."

Imagem
“Gosto de um modo carinhoso do inacabado, do malfeito, daquilo que desajeitadamente tenta um pequeno vôo e cai sem graça no chão . ” Eu estava a me embriagar outra vez nas memórias do que nunca aconteceu verdadeiramente. E era por algum acaso tão real, tão intenso e era dos dois lados. Mesmo que só um dos lados soubesse o tamanho da confusão. E se isso um dia viesse a acabar? E se não durasse o tempo exato de ser mais que uma memória? Não estou dizendo que seja fogo de palha, porque não dura mais que alguns segundos; meu caro, ou eu estava perdida no tempo, ou a minha vida inteira era rastro de poeira. Mas e se o real estragasse o imaginário? Isso seria egoísmo meu? Ter medo do sentir acabar e nunca mais voltar? Decidida, resolvi deixar que as coisas tomassem um rumo. A vida ficava monótona sem você, e louca contigo. Mesmo assim, você deveria trazer seus achismos pra perto de mim, com aqueles olhos de quem sabe de tudo, mas não sabe ao menos se distinguir de mim. Com aqu

"Acho que me perdi numa excursão que fiz na tua certeza e na contradição ♫"

Imagem
“Enquanto houver você do outro lado Aqui do outro eu consigo me orientar ” Ela: Eu tenho sido tão estranha, andado tão perdida. Vivendo pela metade. A verdade é que já não sei mais onde é meu começo, meu meio, meu fim. Tem doído tanto, que eu não aguento. É demais até pra uma masoquista sentimental como eu. E isso tem atravessado minha vida de uma forma que as coisas ficam tão limitadas. Ele: O que você tem feito com tudo isso que te corrói? Ela: Eu nunca soube exatamente o que fazer. É difícil lidar com tudo isso dentro de mim. Ele: Mas... Ela: Estou tentando seguir o que dizem. Dou o meu melhor. E o resultado disso tudo tem transparecido numa pessoa mais amarga. E continua doendo. Então, não faz o menor sentido ouvir os outros quando eles não estão dentro de mim para entender. Ele: Eu posso tentar entender? Você me explica? Ela: Não acho que você seria capaz. Ninguém pode entrar na dor do outro, a não ser que viva a mesma dor. Ele: Diz como é tua

"Todo efeito tem uma causa. Todo efeito inteligente tem uma causa inteligente."

Imagem
Não sei o motivo exato de estar a pensar sobre espiritualidade, e o seu universo existencial do momento. Mas cá venho eu para escrever sobre o que eu acredito. Num primeiro momento eu queria dar um recado ao amigo que tem vindo ao pensamento esses dias, e vos digo que “este é o momento para reforçar as bases, modificar as reentrâncias da visualização da espiritualidade e ciência. Porque sabemos que não é tão simplista como é passado aos olhos dos segundos irmãos. Estamos no caminho certo”. O que me ocorre no pensamento é que a literatura verbal da espiritualidade criou uma “humanidade” (melhor explicando, virou uma filosofia apenas) nas prateleiras de romances e “abandonou” sua adesão entre as bases científicas para acomodar e explicar de uma forma menos complexa. Não resumiria a opinião de que é “errado”, mas desvincula e cria falsos imaginários. Todas as ideias e respostas já existem, já foram pensadas antes. Já foi compreendido ou melhor, visualizado como as coisas