Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2015

"Eu sei, é de se assustar essa coisa de finalmente ser par sem ter que se abandonar."

Imagem
Emudecer o afe (c)to português? Amputar a consoante que anima a vibração exa (c) ta do abraço, a urgência tá (c) til do beijo ? eu não nasci nos Trópicos; preciso desta interna consoante para iluminar a névoa do meu di (c)to norte. Inês Lourenço Um domingo que sem ao menos querer a gente se impõe a escrever, como se a solidão de fora combinasse com a de dentro. Nesse momento já não dá para saber aonde começa e termina essa insólita forma de ser, até onde eu estou sendo apenas como um domingo parado. Aonde a desembocadura do tempo demonstrará minha solidão legítima? Que tal mergulhar ao fundo do fardo da minha sol-i-dão, e trazer sol em tudo isso, com palavras que veranizam e amenizam tantas dores. Que (des)complexo o tempo, os dias, as horas desde o início sempre são aparentemente tão similares, mas existe algo de infinito nessas coisas finitas, e nelas existe um recomeço, e só assim a gente sabe se continua no fardo ou muda de direção. Sejamos submersos nessa minh

"As palavras, estejam reunidas como estiverem, explicam-nos sempre pouco"

Imagem
[NOTA] “Qualquer texto, por mais certeiro que seja, dificilmente consegue apropriar-se dessa zona em que, ao nos explicarmos melhor, ainda nos explicamos menos do que seria necessário “ E se a gente soubesse o tamanho do estrago da inércia em nossos próprios comentários, será que mudaríamos nossa forma de falar? Essa pergunta fica para vocês, e quem sabe, ao final dessa conversa desbocada que teremos, talvez tenhamos um ponto alvo para uma reflexão positiva. Primeiramente, sou muito prolixa, e ao fundo do meu fardo acredito que todos sejamos um tanto dispersos mesmo, e naturalmente sejamos em alguma parte iguais a tudo. Como somos muitos, vou chamar vocês de indivíduos capacitados para interações interpessoais (ao menos finjamos), e esta capacidade inerente (ou não), pode ser brusca ou branda. Essa interação se  multiplica , existindo vários tipos de interações, mas para o tal interesse deste texto infeliz, vamos nos ater as interações verbais, justamente as quais utilizo

"Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que... não sei onde... para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi..."

Imagem
“Passei por ti sem que te visse Vi-te depois de ti não ver O lembrar traz à superfície O que o olhar deixa perder ” Hoje, como muitos outros dias quando levantei não olhei o dia que marcava o calendário, apenas olhei a hora e o whatsapp. Não avistei que exatamente hoje demarcava 05 de outubro. E comecei o meu dia normalmente, fazendo tudo aquilo que apetece aos meus horários e obrigações. Após o horário do almoço, normalmente teria um tempo de olhar o email e responder as solicitações. E assim o fiz. Não questionei muito os meus hábitos rotineiros ou meu sono anormal, também não questionei meu cansaço. Liguei para o meu pai (eu nunca ligo para ele, mas hoje, liguei) e ouvi a minha mãe chorando. Então indaguei, “pai, qual o motivo de mainha estar chorando?”, e ele prontamente me respondeu: “por causa de Tia Neta”. Naturalmente ela não quis deixar indícios de que eram 05 de outubro, e ele também não se atreveu a dizer. Até aí eu ainda não tinha percebido na

"E nem, ao menos, posso compreender esta força amorosa que me leva para a tua loucura!"

Imagem
“tinha comigo um pedaço de ti e enquanto caminhava cada passo evocava a tua presença e tu estavas mais perto de vez em quando arrancava uma memória para passar o tempo e sangrava muito sempre que o fazia e um sentimento de culpa invadia-te por dentro e eu sentia que estavas perto e ao mesmo tempo tão distante de mim às vezes perco a memória da tua voz” (José Rui Teixeira) Se me entenderes, saberás mais de mim, compreenderá que és sujeito aos meus caprichos, ao teu domínio serei complemento perfeito. Seremos nós, nó, dois pedaços, diferentes, unidos pelo fio do destino, até que enfim, sejamos únicos um para o outro. Eu te falarei de amor, contarei piadas bobas, e vamos rir de minha mania estranha de não encontrar-me, sendo indistinta, e ao mesmo tempo comum aos olhos do mundo. Então me levarás para ver estrelas, pra fingir que somos românticos, e enquanto o mundo fica rodando, estaremos ouvindo Caetano, ou blues. Te farei amar o nosso caso, fingindo ser ras