"Quer seja dia, quer faça treva, varre sem pena, leva adiante paz e sossego, leva contigo noturnas preces, presságios fúnebres, pávidos rostos só covardia."
“Deram-me o silêncio para eu guardar dentro de mim A vida que não se troca por palavras. Deram-mo para eu guardar dentro de mim As vozes que só em mim são verdadeiras. Deram-mo para eu guardar dentro de mim A impossível palavra da verdade.” Tem sábado que a gente acorda e quer sentir apenas o gosto do café goela abaixo. E ao mesmo tempo sente uma sede inesgotável de querer compreender tantos desfechos sem sentido que a vida nos fere como punhal. Porém, sem alivio, sabemos que ao fechar os olhos numa sexta feira qualquer, tudo o que deixamos para trás, cada centímetro de coração, fica intacto, onde sempre esteve, e aonde apetece ficar, o resto é mania de impossível, da ânsia de nossa incapacidade de ter algo além daquilo que não tem consistência e navega pela escuridão. Por intermédio de tantos desentendimentos, a gente acaba por fazer o impensado, e não calcula o tamanho do estrago das ações para satisfazer nosso ego. Eu realmente gostaria que a dor que sinto