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Mostrando postagens de novembro, 2015

"Quer seja dia, quer faça treva, varre sem pena, leva adiante paz e sossego, leva contigo noturnas preces, presságios fúnebres, pávidos rostos só covardia."

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“Deram-me o silêncio para eu guardar dentro de mim A vida que não se troca por palavras. Deram-mo para eu guardar dentro de mim As vozes que só em mim são verdadeiras. Deram-mo para eu guardar dentro de mim A impossível palavra da verdade.” Tem sábado que a gente acorda e quer sentir apenas o gosto do café goela abaixo. E ao mesmo tempo sente uma sede inesgotável de querer compreender tantos desfechos sem sentido que a vida nos fere como punhal. Porém, sem alivio, sabemos que ao fechar os olhos numa sexta feira qualquer, tudo o que deixamos para trás, cada centímetro de coração, fica intacto, onde sempre esteve, e aonde apetece ficar, o resto é mania de impossível, da ânsia de nossa incapacidade de ter algo além daquilo que não tem consistência e navega pela escuridão. Por intermédio de tantos desentendimentos, a gente acaba por fazer o impensado, e não calcula o tamanho do estrago das ações para satisfazer nosso ego. Eu realmente gostaria que a dor que sinto

"Eu fico fora da lei, fora da linha, do sério, fora de tudo, fora de ordem com você dentro de mim"

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"Meu amor não mais deixes escapar nenhum desejo no teu olhar de pecados proibidos esquecidos" E dizia, enlouquecidamente, que jamais colocariam ordem, que mandariam num coração como aquele. Coração solto para o mundo, que não pode ser preso, ou a leveza do voo perde toda a beleza. Mas não é bem assim, as vezes no meio de um voo a gente acaba se aprisionando, sem querer, mas querendo. O querer é quem nos prende.  O querer tem poder nessa vida, e eu tenho estado querendo tanto, a ti, o tempo todo. É um querer tão inconstante, que muda a medida que a vida nos modifica. A cada dia, em curvas novas, em laços antigos me permito estar, cair, gostar como se fosse a primeira última vez. A cada mísero gesto, dentro de tuas imperfeições eu me satisfaço em contemplar-te, porque é confuso demais, chego a amar-te ao ponto de teus defeitos parecerem qualidades. E assim começo a tecer um novo verso, entoando teu nome silenciosamente, lembrando dos lábios que sorriem para mi

"Não crie expectativas, crie maturidade. Porque se tudo der errado, pelo menos você não vai ficar enchendo as redes sociais com indiretas." (Tati Bernardi)

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“sou um impostor, um dia saberão que simulei tudo o que sempre fui. sou uma ficção, meu sangue é só linguagem meu sopro é uma explosão que vem de dentro em forma de palavra.” Decididamente não irei falar sobre mim. Dessa vez me apetece falar sobre segundas pessoas, de forma meio indireta, como quem solta versos ao vento e colhe aquilo que semeado fora por longos anos. Ao certo, o tempo sendo dono de tudo, por vezes nos torna maduros, e reconhece que a vida anseia por planos.  Imagino que todas as pessoas no mundo busquem por alternativas de vida, por resultados, por sonhos e realidades mais palpáveis. Naturalmente, o que se quer é dividir a vida, ter em comum planos que passem daquela velha brincadeira do apaixonar-se. Hoje é sobre tal situação que gostaria de falar. Sobre criar sonhos e buscar, mas não sozinho, e sim a dois. Porque ninguém nasceu para viver sozinho, nascemos para dividir e ir contra as leis da matemática, multiplicar numa divisão.  Acreditem,

"Tudo de amor que existe em mim foi dado. Tudo que fala em mim de amor foi dito. Do nada em mim o amor fez o infinito."

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"quero antes o lirismo dos loucos, (...) o lirismo difícil e pungente dos bêbados, o lirismo dos clowns de shakespeare. não quero mais saber do lirismo que não é libertação." (Manuel Bandeira) O tempo que não tarda a passar, e assim tem levado horas, dias e anos de minha juventude, hoje me faz querer falar do principal motivo que me distorce ao descaminho, amar. E de tanto apreciar a literatura expositora do amor, que venho aqui novamente, mesmo sem dar muita credibilidade. É complexo acreditar num sentimento em que passei tantos anos enrolando o coração para não mais acreditar. Eu subjuguei. Hoje meu coração está sozinho, e de certa forma apreciando a arte da solidão com uma vontade imensa de assim continuar. Ao certo muitos apontarão o dedo no meu nariz e dirão: É desilusão, daqui um tempo passa, tudo passa. Eu, por sinal naturalmente, responderei a altura: Solidão não é questão de ser, mas de estar suficientemente bem consigo mesmo, ao ponto de

"A única diferença entre um capricho e uma paixão eterna é que o capricho dura um pouco mais...." (Oscar Wilde)

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“Considero o mundo por aquilo que ele é, um palco em que cada um deve recitar um papel, e o meu é um papel triste. ” Talvez seja uma mania ruim viver de explicar as coisas. Infelizmente eu sou assim, gosto de detalhes, e são por eles que eu pego aquilo que quero, ou me pegam antes que eu possa me defender. É fato, os detalhes são as armas mais fatais e perigosas do amor. Como sempre, é provável que ninguém entenda as entrelinhas que me fazem escrever, e eu jamais ousaria falar sem abrir tantas continuidades se eu soubesse como explicar o que sinto. É uma profundidade inesgotável de sentimento. Dizem que o amor é a melhor magia que existe no mundo. E de fato, eu concordo. Aquilo em que a base circunda no amor é sempre real, profunda e verdadeira. Não importa o tempo, o esquecimento não tem poder algum, não acaba. Sem mais delongas, vou explicar o teor de meu texto ... Não sei se acompanhou um dos meus textos corridos, no qual intitulei de “A morte de Lavínia”, se não leu,