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Mostrando postagens de junho, 2013

"O resto é silêncio"

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“A vida não passa de uma oportunidade de encontro; só depois da morte se dá a junção; os corpos apenas têm o abraço, as almas têm o enlace . ” Há quem possa dizer que duas almas não sejam completas apenas por passarem uma na vida da outra. Há quem duvide. Há também controvérsias destas dúvidas. E que paradoxos intermináveis. - Tem alguma ideia do que fazer daqui em diante? - Não. - E pretendes permanecer nessa fúria? Nesse fim? - Não tenho opção a procurar além de algum sentido. A morte talvez me faça sentir medo. - Morte? Deixe de besteira. Uma mulher como você não pode morrer assim? - Morrer? Quem disse que já não morri? Quem sofre dores ainda se sente vivo, já a mim, por golpe do destino, pela profundidade da ferida que me retirou a vida da alma, pareço morta. Mas você não faz ideia do que seja isso né? - Sei sim, dá pra pegar seu coração e fritar com cebola. - Ahh Beatriz, por todos os Santos! - ... E se colocar ervas finas, daria um bife acebolado delici

"Devemos corar por havermos cometido uma falta, e não por a reparar"

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“Nunca existiu uma grande inteligência sem uma veia de l oucura. ” Uma revolta se aponta no fim do túnel da superficialidade em que vivemos. Uma existência ocultada ao primeiro olhar, mas uma faísca, ao primeiro olhar imprudente, cria um jogo repleto de regras, mandamentos e fúria. A regra é não se abrigar no conforto de uma resposta rápida, simples de ajustes fúteis. A lei é ir no inacessível segredo de não parar pelo óbvio, não se entregar, pelo passado, pelo presente e principalmente pelo futuro. Que seja no rigor de nossas palavra a essência do que buscamos. Mudança. A grande questão e risco de tudo é baseado no perder-se. E definitivamente a essência do que se procura esvair-se numa tentativa furada. Quem saberá se isso vai acontecer sem tentar? A dissimulação do superficial pode, em todo caso, permanecer e demorar pra sair de trás das cortinas. As cortinas envolvem os verdadeiros papeis. São anos e anos rediscutindo os astros, os personagens, mas de fato, a própr

"Para que se deveria, em meio à grande ausência de limites, colocar a todo custo um limite qualquer?"

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"Mas aquilo não me impressionou muito. Meus pensamentos estavam em outro lugar... E em outro tempo." Eu disse meu adeus. Eu fiz o que devia fazer. Aceitar. Afinal, ela já sabia o fim. Ela conhecia aqueles passos. Marry regressou das contínuas fugas. Caminhara por novos lugares sombrios. Fez suas loucuras. Para mim, ela sempre foi complexa e descontínua. Mas ela nunca concordou, ela acreditava que era mais que uma mulher impulsiva. Quando regressava, eu sentia que estava no fim do mundo e que o tempo demorava mais quando ela estava distante. Até que ela descobriu, no meu quarto vazio, que a ultima vez o adeus era o verdadeiro. Seguiu para uma cidade chamada Seropédica. Na entrada, havia uma rua estreita, a que chamam de “porta do inferno”, não sei porque esse nome, mas pela noite essa rua torna-se uma das mais movimentadas. Era começo de agosto, e ela estava tentando digerir minha ausência. Não é estranho aprender a dar passos sem ter para onde v