Postagens

Mostrando postagens de fevereiro, 2011

Idéias rondando os pensamentos

Sabe quando a gente é criança e nos afastamos dos nossos pais numa multidão, depois nos deparamos na situação da distância, com medo de perdê-los de vista, e a gente volta pelo mesmo caminho tentando encontrá-los? Eu me senti assim, mesmo com tantos anos, o mesmo medo. Eu senti como se fosse me perder, e a sensação de que não saberia como voltar como um ser mutável como qualquer outro, já que depois de mudar, não há como voltar ao que era antes. É um sentimento que confunde, cria moldes frágeis, e nos deixa distante do que somos para que possamos ver o que realmente somos por completo, porém, apesar de estarmos numa distância suficiente, não há luz. Não existe arrependimento ou culpa da tentativa de tentar se encontrar, de ter ido um pouco mais além. É simples como pecar em silêncio, numa expressão de textura doce e triste. Uma mente tão masoquista, que tenta se divertir com as palavras sofridas. Promessas? Prometer, pra não doer mais, findar, e não fazer repetir. Então se ap

A mania de querer entender tudo ao redor

Parado do meu lado – eu não sei o porquê - mas haveria enormes motivos simples para as possíveis causas que o levaram a estar ali. Justamente por não saber, pelo ar de tristeza ou pelo silêncio que às vezes incomoda mesmo vindo de alguém tão desconhecido, mas intimo apenas por estar deixando passar um pouco de emoção; poderia ser o vidro da janela sendo molhado pela chuva. Eu apenas o observei. Talvez ele não tenha percebido. Talvez tivesse absorto nos pensamentos, concentrado em cada lágrima perdida. Ou, talvez eu tenha passado rápido demais. Eu não sei, apenas o vi chorar lágrimas tão sinceras, simples, doídas. Não sei o que, de repente, sem soluço, rolando a revelia por mais que tentasse manter numa presunção inerte. E quem seria aquela, do lado da janela do outro carro a achar algo? Alguém que apenas observava e interrogava atônita, e ansiosa por entender um mundo que não poderia participar. Sabendo que cada olhar se transforma na medida em que se observa de um ângulo diferent

O que eu sinto e sempre muda

É estranho esse sentimento, por dentro, a tentativa de proteção e o falso mistério. O que não tenhamos, o que sejamos pela metade, pelo olhar que deixamos ultrapassar, as palavras não poderiam contar o que aconteceu, sua ânsia de dizer tudo, deixaria metade pelo caminho. É mais do que se quer, é mais do que poderia ser. A tentativa de mostrar aos que importa que sim, que é – ou era – possível acreditar nas pessoas. O medo de ter chegado ao ponto de não conseguir mais acreditar. A observação. Das pessoas. Das brigas por atenção, por vaidade, por carência.  Das traições. Tudo e todos se tornaram dispensáveis? Da necessidade – doentia – de afirmação. De viver de comparação. A todo instante. A qualquer custo. A cumplicidade ficou esquecida? Um olhar cúmplice é tão bonito, tão intenso. Tão maior que tudo isso. E lá vem o lado “sentimentalóide” de novo. E a vontade de não querer. Não querer mais sentir. Não querer mais provar. Não querer mais arrumar desculpas. Não querer mais entender.