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Mostrando postagens de outubro, 2013

"E essa tragédia que é viver, e essa tragédia, tanto amor que fere e cansa"

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"...o meu coração já não me pertence,já não quer mais me obedecer,parece agora estar tão cansado quanto eu..." O que há de se fazer quando o dia tem um rumo lento? Demora-se a ir? Não sei, eu queria realmente entender. Como não sei o fim, o meio termo, e meu passado ficou embaraçado com minhas memórias de ilusão, cá estou aqui, sem saber de onde eu vim, para onde vou e o que aconteceu. Compreenda. Meu presente tá conturbado. Meio sem sentido. Sem ação. Talvez eu esteja pela metade. Ou provavelmente estou inteira, e ainda assim sem mim mesma. E o meu dia? Como que está meu dia? Meu dia anda assim, tranquilamente choroso. Dia meio nublado. Meio de metade avessa, metade do lado certo. E eu até compartilho com os outros algumas poucas palavras. Mas por algum motivo, por algum desequilíbrio, eu me permiti, passou a apetecer do meu inquieto querer, a ida do auge de um sorriso ao pranto de uma lágrima, e outra, depois outra e mais uma. E pra que tanto choro? Qual o mot

"Há o amor. Que tem que ser vivido até a última gota. Sem nenhum medo. Não mata."

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“As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos. ” Busco-te. Busca-me. Buscamo-nos. E enquanto crio uma ponte com todas as palavras do dicionário entrelaçadas até você, sabendo apenas de tuas entrelinhas, descobri que sou assim, totalmente descrita em ti, em cada parte do teu corpo, nos vazios da minha alma. Eu, como pedaços em branco, lacunas que se complementam na tua alma, excluída, quase apenas uma invenção de tua imaginação, te faço um apêndice de meus reclusos enigmas, e assim, quase sei de ti, mas não sei. Sou o equilíbrio das tuas palavras, você preenche os espaços em branco. Somos a luz e a sombra. Vou ficando distante e quieta, no embalo da minha solidão, enquanto repleto da minha ausência você entende que me falta exatamente o que te sobra, e eu tenho exatamente o que falta em ti. E de tal modo eu não estou distante, viro presença na falta. Os dias passam, e a ponte duplica de tamanh

“Só nós dois, sós os dois, sóis os dois.”

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“Você tem me ganhado nos detalhes e aposto que nem desconfia. ” Memórias. É um tanto assustador lembrar por reflexos de detalhes. Eu ainda lembro, o celular tocou algumas vezes, e eu não consegui falar mesmo depois de já ter ouvido aquela voz. Me mantive quieto, sentado, depois andando no meio do quarto numa aflição. Quando as perguntas eram impossíveis de desviar, eu tentava pensar que do outro lado alguém estava sentindo a mesma sensação agoniante e lenta, um desespero agradável. Depois de várias ligações, ainda havia o mesmo desespero, ainda era agradável. Porém talvez aquele sentimento tivesse tomado a profundidade do acostumar. - Amor? – Aquela velha voz conhecida. – Oii? Amor, fala alguma coisa? - Oi . – Ele disse. - Pensei que não ia falar. Você está bem? Cansado, sentou. Passou uma das mãos cortando o cabelo preto e liso em cinco partes. Lembrou da gastrite que o deixava louco de dor. - Oii? Dormiu? Tá aí? - Oi. – Ele disse. - Então responde?

"Nem mesmo a angustia. O peito vazio, sem contração. Não havia grito."

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"Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros." Com os pés suspensos na água gelada, naquele momento, o mundo parecia uma extensão do uivo do vento frio. As árvores balançavam numa contradança eloquente com a força da voz barulhenta que alcançava as pequenas folhas. Aos poucos a temperatura diminuía, e o céu escurecia para um tom acinzentado. Ninguém compreendia a quietude do tempo como a Elena. Aos 15, ela compreendia a ondulação entre vazios e complementos, ausência e permanência. Ela ansiava tantas vidas, tantas escolhas, sonhos. No entanto, a solidão era sua companhia, e acostumada com as quatro paredes, tentava ser invisível. Um dia isso pode mudar, quem sabe amanhã, ou depois. Todo mundo pode ter o inesperado nas mãos. Mesmo que com ela sempre tivesse sido diferente. Uma batida na porta surpreendeu a Elena. Ergueu o rosto diante da porta e observou o pai e o João entrarem. Seria clichê

"Onde expira um pensamento está uma ideia, ao derradeiro hálito de alegria uma outra alegria, à ponta da espada a magia - é para lá que eu vou."

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"Quero dizer com isso que nós temos, no mínimo, duas personalidades: a objetiva, que todos ao nosso redor conhece; e a subjetiva... Em alguns momentos, esta se mostra tão misteriosa que se perguntarmos - Quem somos? Não saberemos dizer ao certo!!! Agora de uma coisa eu tenho certeza: sempre devemos ser autênticos, as pessoas precisam nos aceitar pelo que somos e não pelo que parecemos ser... Aqui reside o eterno conflito da aparência x essência. E você... O que pensa disso?" Juro que ainda tentei não vir aqui escrever sobre essas situações inusitadas que penso só acontecerem comigo. No entanto, é bem provável que outras pessoas também estejam no mesmo barco. E se isso acontece, imagino que seja falta de compreensão. Talvez. Eu não entendo o não entender das pessoas. E acho que são opiniões, visões de si, daquilo que é do outro. Logicamente, se você não é igual, também não poderia sentir, ser, agir igual. Mas na diferença, e intemperanças, sempre tem alguém que o

“É assim então o teu segredo. Teu segredo é tão parecido contigo que nada me revela além do que já sei. E sei tão pouco como se o teu enigma fosse eu. Assim como tu és o meu.”

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“Meu segredo é ter os olhos verdes e ninguém saber.   À extremidade de mim estou eu. Eu, implorante, eu a que necessita, a que pede, a que chora, a que se lamenta. Mas a que canta. A que diz palavras. Palavras ao vento? que importa, os ventos as trazem de novo e eu as possuo. “ Eu. Adentro. Tão perto. Movendo em mim uma paz, desabilitando qualquer ar que me invada de tua existência. Eu estou perto. Longe. Perto o suficiente pra que me doa o coração. Longe o suficiente para não alcançar o laço que te dei. Se das minhas palavras murmurando saudades, no meu gesto atado nos movimentos de sua boca, procuro a mim, clamando: Se aquieta. Silencia a mente. Inexista. Deixa-se partir, e a partir dai, então, seja completa.  Na incompreensão de te procurar, em meio a escuridão inoportuna de minha mente, condensa tua vontade com a minha. Sejamos infinitos. Não seja nada, e seja tudo. Desvenda-me ao passo que me escondo das tuas questões. Seja sujeito, e meu complemento. Transformo “eu” e

"Isso não evita que a fome doa e uma sede, que eu teria que me afogar para satisfazê-la"

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Alguma coisa sempre me prendendo. Ao passado? Não sei. Ao presente? Talvez. A mim? Sim. E o que fazer? E u não posso dizer absolutamente nada, mas no fundo do coração sempre ressoa: “If you could only...Say what you need to say" "Wide Heart" "Even if your hands are shaking” E depois de uma noite só, bem de leve, diante de sentimentos, de quem eu sou, de quem eu não sei que sou, de incertezas tão certas. O sono falta. A dor abala. E eu não sei o que fazer. “Inside my chest to keep me up at night Dream of ways To make you understand my pain” Esse é meu velho problema, que queima noite e dia, até eu me perder. Eu tenho aqui na minha pele, nos meus ossos, no sangue que corre entre minhas veias. Eu só queria que isso tudo acabasse bem. No fundo, eu nunca quis que as coisas tomassem esse rumo, mas agora que está feito, eu não sei como voltar atrás. Ou talvez seja a solução. Ao menos se eu conseguisse não pensar.  Não pensar.  N