"E não sei o que sinto, não sei o que quero sentir, não sei o que penso nem o que sou."
"Aquilo que, creio, produz em mim o sentimento profundo, em que vivo, de incongruência com os outros, é que a maioria pensa com a sensibilidade, e eu sinto com o pensamento." Escrevendo, nesse quarto, quieta, depois de tanto tempo, outra vez sozinha, como foi até pouco tempo atrás fico a tratar nessas horas difíceis perguntas intangíveis em vozes mudas fingindo acreditar que vibram como milhares de vozes juntas, semelhante a uma espécie de submissão a que permaneci entregue, e então manipulada pela necessidade de alguém me guiando desaprendi a seguir sem a mão que segura meu firmamento pessoal. Vivendo pelos vestígios dos sentimentos controlados. Submersos entre querer e poder. Tenho em mim ainda teu coração, porque o sinto. Até nas lágrimas, porque tudo vai sempre além de mim. Amo. Mesmo depois de tudo, quando já não tendo direito a nada o que amar, ainda assim continuo a amar inapropriadamente. Mesmo eu sabendo que não haja merecimento por meu amor que ama