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Mostrando postagens de julho, 2012

"E não sei o que sinto, não sei o que quero sentir, não sei o que penso nem o que sou."

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"Aquilo que, creio, produz em mim o sentimento profundo, em que vivo, de incongruência  com os outros, é que a maioria pensa com a sensibilidade, e eu sinto com o pensamento." Escrevendo, nesse quarto, quieta, depois de tanto tempo, outra vez sozinha, como foi até pouco tempo atrás fico a tratar nessas horas difíceis perguntas intangíveis em vozes mudas fingindo acreditar que vibram como milhares de vozes juntas, semelhante a uma espécie de submissão a que permaneci entregue, e então manipulada pela necessidade de alguém me guiando desaprendi a seguir sem a mão que segura meu firmamento pessoal. Vivendo pelos vestígios dos sentimentos controlados. Submersos entre querer e poder. Tenho em mim ainda teu coração, porque o sinto. Até nas lágrimas, porque tudo vai sempre além de mim. Amo. Mesmo depois de tudo, quando já não tendo direito a nada o que amar, ainda assim continuo a amar inapropriadamente. Mesmo eu sabendo que não haja merecimento por meu amor que ama

"Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro"

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Tudo termina sempre numa questão de adeus. E na solidão de outro alguém que se deixou ir pela conveniência do destino já traçado é que a gente se descobre apegado demais, preso, e o coração completo de uma coisa chamada saudade. Eu não sei ao certo o valor de algumas coisas sentidas, sei o que sinto, o que tento fingir esquecer pra poder suportar a distância daqui em diante, eu só tenho lembranças, um retrato e um terço que foi me dado por tuas mãos. Vou buscar das palavras ensinadas o conhecimento que me deste puramente. Vou fazer das tuas ultimas palavras uma recordação pra nunca mais retirar do meu peito. Sei que toda partida nunca é definitiva, mas o querer permanecer é sempre tão pesado. Nesse abandono do querer, as idas e vindas de quem precisa compreender aquilo que ficou inacabado se torna esquecida. Justamente na hora do silêncio, momento que abrigamos o pensar, a gente percebe os erros cometidos. As falhas mais graves. A gente nota os laços invisíveis, as amarras cr

Adaptar-se

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“Claro, é uma mudança, e toda a mudança tem suas implicações.” Tem sempre algum absurdo acontecendo nessa curta loucura chamada vida. É assim que os acasos ensinam o caminho mais fácil de não chegar a lugar algum ou recomeçar e seguir por um caminho menos tortuoso no fim. Quando a gente não consegue ver a possibilidade de recomeço os estilhaços de culpa comandam todas as decisões, e percebe-se o dedo acusador da consciência pesar as costas.  É o fim do precipício? Seria esse a quebra de um firmamento? Justamente o ponto da discordância e da loucura a qual a gente se encontra é um tanto quanto abstrato. É que naquele momento tudo fica sobreposto, é um misto de beleza e horror. O que é perfeitamente normal. Meu caro, até onde existe treva tem luz que brilha e faz o clarear tornar-se bonito. Então é pura questão de ler o mundo com os olhos de quem não tenta ver palavra. O problema consiste apenas quando deixamos esquecer tudo o que foi lido, ficando este somente no inconscie

E que seja breve...

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Estava aqui pensando nas minhas feridas, cicatrizes e arranhões. Tem coisas que por mais que você se machuque, ou se torture, faz o querer ser mais profundo.  É como se criasse todo um campo magnético, como uma corrente, na qual, após entrar nela, tudo vai atrair, juntar, somar, até o que ficou aparentemente escondido. É como um assunto que vem puxando outro, e de repente, você está totalmente envolto na situação. É coisa que toca a alma. Vai bem mais além do coração, afinal, essas ligações não estão necessariamente interligadas. E uma coisa você pode ter certeza, nesses deja vu's é onde eu perco meu tempo, repensando velhos detalhes. Colocando meu mundo a prova de balas em teste. Que sejam breves minhas epifanias. Já não me apetece chorar por aquilo que ficou pra trás. Aquilo que eu pensei que era pra ser e foi apenas uma ameaça. E eu acabei desandando dos meus caminhos retilíneos pra nada. Pelo momento passado que jaz aqui, pelas palavras que deixei saírem do me