"O Sonho da igualdade só cresce no terreno do respeito pelas diferenças."
Como diria o Bob Dylan “Toda
essa conversa sobre a igualdade. A única coisa que as pessoas realmente têm em
comum é que eles estão todos indo para morrer”
Por vezes acompanho alguns blogs que
curto as postagens, que acho interessante quando as determinam com humor
determinados “detalhes”. Quando se possui um veículo literário pra comentar
algum outro veículo de exposição de vida, gerador de informação, tem-se no
mínimo a obrigação de saber o que se está a fazer.
Sim,
meus caros, é preciso compreender a vasta influência de que se faz em ter 5
pessoas a sua frente pra enfrentar ou 200. Quem seria mais facilmente
derrubado? E não estou aqui apenas pra defender a minoria, mas pra reclamar
mesmo, não é sequer uma crítica, é chateação por ter que ver grotescos erros ao
interpretar o preconceito alheio. E ver que infelizmente a sociedade que eu (con)vivo
ainda tem tantos resquícios contra negros, como eu poderia esperar algo mais
dessas pessoas quanto ao esclarecimento da visibilidade da mulher? Não é questão de direito ou igualdade, mas de respeito.
Vamos
ao problema.
Estava
lendo algumas colunas de crítica sobre Manoel Carlos e sua novela. Mas a
especificação da coluna remeteu justamente a Lei Maria da Penha e a não
submissão da mulher a sociedade, ou a igualdade de ambos os sexos. Tudo com
base em tapas trocados.
Até
aí você pensa “Mas isso é um absurdo, um homem trocar um tapa na cara de uma
mulher”! Errou! Errou feio! Um homem cego ou uma mulher cega de raiva não tem discernimento
pra saber o que está fazendo. Sim, a raiva cega!
Então,
o querido (não) escritor crítico usa da frase do Manoel Carlos “Acha, que só
você, por ser MULHER tem esse direito?”. Em seguida complementa com a própria opinião
“Nada justifica um homem bater em sua mulher, mas e hoje quando as mulheres não
tem respeitado seus maridos.”. Ok, meu senhor, vamos então debater o tamanho da
sua conclusão:
Já
parou pra refletir que existe todo um contexto histórico por trás da subida da
mulher, da luta da mesma? Toda a
história da luta, da busca pelo lugar no mercado, tudo tem sido refletido no
geral, até nas roupas, que se reparar por algum tempo a mulher precisou se
impor usando ombreiras, e para igualar a figura do homem, dito superior.
Agora,
depois de conseguir provar que ela pode fazer, que pode trabalhar, que pode ser
eficiente, se reverte a necessidade de se impor fisicamente. A mulher não
precisa mais demonstrar sua força, afinal todos já perceberam. Agora ela mostra
sua força feminina. Muito diferente de tudo que ela fez até então. A procura
pela própria identidade, da implantação da mesma como indispensável por ser
apenas mulher.
As
mulheres e homens buscam igualdade de DIREITOS, mas toda a igualdade requer
também a compreensão das diferenças. E mulheres e homens são muito diferentes.
Isso não sendo significando que um não possa fazer a mesma coisa que o outro.
Da mesma forma que uma mulher sabe cozinhar, muito homem tem provado que faz
muito bem ou até melhor que as mulheres. Isso é reflexo da busca pela
igualdade? Não, é reflexo DAS DIFERENÇAS NA IGUALDADE. Sim, o ser humano é
complexo ao ponto de possuir suas diferenças, e o homem busca sua nova
identidade assim como a mulher tem feito. Não é dividir o que você tem e você
deve fazer. O que é obrigação ou não. A igualdade busca o ser humano e não o
gênero. É algo muito mais subjetivo e extenso que somente você deve ser assim!
Agora
vamos ao ponto do “desrespeito das mulheres contra os homens”. Será que é assim
mesmo? O desrespeito das mulheres aos homens consiste em “agir como homens”? Ou
será que o incomodo de devolver na mesma moeda é que tem feito alguns abrirem a
boca pra dizer que são desrespeitados?
Minha opinião: Não são as mulheres que
estão desrespeitando os homens, são as pessoas que não possuem respeito entre
si! E principalmente, que não possui RESPEITO PRÓPRIO.
A
falta de respeito se alastrou, e não pode ser colocada apenas nas costas das
mulheres. É um desrespeito antigo, desarranjado. Junto com a falta de
conhecimento, com a história, e tudo mais. Eu, logo te afirmo, se uma mulher te
desrespeita, ela não está fazendo isso contra ti, mas consigo mesma. PARA TER
RESPEITO PELO PRÓXIMO, É PRECISO SE RESPEITAR PRIMEIRO.
Eu
não entendi como a busca por igualdade foi tomar rumo pra Maria da Penha, mas
vamos se voltar pra ela?
A
Lei da Maria da Penha diz: “Lei que protegesse a mulher das agressões, no
âmbito familiar, para findar com a impunidade.”. Será que essa Lei tem especificações?
Detalhamentos?
Vamos
ao exemplo principal, por sinal, o exemplo que deu a Lei o nome: em homenagem à
farmacêutica cearense Maria da Penha Maia Fernandes, que em 1983 recebeu um
tiro do marido, enquanto dormia (ela não tinha como se defender – Ela ficou
PARAPLÉGICA). Não satisfeito, mais uma vez atentou contra a vida da mulher, por
eletrocussão.
Ela
poderia ter agido de IGUAL PRA IGUAL tentando contra a vida dele. No entanto
ela agiu como MULHER, . Maria da Penha buscou ajuda e saiu de casa juntamente
com as filhas. O marido foi preso. De 10 anos, cumpriu apenas 2.
ISSO
É UMA QUESTÃO DE CONVIVÊNCIA, não uma questão de IGUALDADE. É uma larga diferença
entre querer direitos e querer igualdade, mas ambos podem estar ligados. E
penso que a compreensão do artigo 7 da Lei 11.340, nos quesitos violência
física, violência sexual, violência patrimonial e moral, são normalmente
compreendidas. No entanto, quando relacionadas a violência psicológica, as
pessoas não a compreendem, e então questionam a tal igualdade.
“A
violência psicológica, entendida como qualquer condita que lhe cause dano
emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno
desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos,
crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação,
isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularizarão,
exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe
causa prejuízo à saúde psicológica e à auto determinação.”
Para
findar minha chateação, eu te falo que nunca reclame de algo sem saber quem são
as mulheres que buscam, afinal dizer que o homem também é desrespeitado e a Lei
deveria ser reanalisada sem ver a real situação. Se você acompanhar os episódios
vai perceber que 80% dos casos que procuram ajuda são casos sérios, e não
apenas um evento de mera agressão verbal, e que quase sempre existem filhos no
meio desse balburdio de convivência que sofrem mais que a mãe.
E
eu volto a repetir, primeiro pense, repense e respire fundo até abrir a boca
pra falar contra alguma coisa. Colocar na balança é importante. Se as pessoas
querem usar para benefícios desmerecidos ... Vai da consciência de cada um.
Agora não defender quem precisa apenas por consciência fraca de terceiros e
refutar uma Lei que merece respeito é inadmissível.
“O homem inventou a igualdade.
Na natureza tudo é desigual.
A perfeição é invenção geométrica.
A ordem do mundo é o caos mutante.
A criação é sempre nova:
só acontece uma vez.
Se você aprender a ver
nunca mais dirá que o mundo
é o mesmo o tempo todo.”
Na natureza tudo é desigual.
A perfeição é invenção geométrica.
A ordem do mundo é o caos mutante.
A criação é sempre nova:
só acontece uma vez.
Se você aprender a ver
nunca mais dirá que o mundo
é o mesmo o tempo todo.”
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