"E a coisa mais divina que há no mundo é viver cada segundo como nunca mais..."
“A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no
absoluto de si mesmo,
o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.”
o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.”
Faz tempo que eu não me
entendo. Faz um bom tempo que eu sou especialista em transformar minha
simplicidade numa confusão repleta de culpa. E quem é o culpado? E o mocinho da
trama? Pois é, isso é bem mais louco do que vocês poderiam imaginar. Porque é
uma somatória de coisas as quais seria impossível de ponderar na simplicidade
do meio termo.
Que eu seja um espelho da
minha alma nas palavras.
Sabe a sensação de
estar com a pele mais sensível, com os olhos mais atentos, com o pensamento
desenfreado? Vocês já sentiram borbulhando por dentro uma espécie de
simplicidade louca, sem motivo, sem finalidade, causa ou permissão de existir? Me
permitam explicar ... Sou a calma nos passos rápidos de quem devora tudo ao
redor. Eu estou rindo e chorando ao mesmo tempo e achando isso uma loucura. E
é. Vocês compreendem a extensão da minha infinita sensações estremadas? Acho
que não.
É mera ilusão achar que
eu poderia explicar o que se passa aqui dentro da minha alma. Principalmente
porque eu fico sem entender e ao mesmo tempo sem acompanhar a quantidade de
informação que surge diante dos meus sentidos. Nessa situação desengonçada de
estado de espírito, seja lá o que for essa volúpia intensa de impressões,
sempre sobra uma sensação de que deveria ser diferente, que eu estou indo pelo
caminho menos saudável, e que era bem melhor ir com mais cautela. No entanto,
meu corpo pede rapidez, minhas aspirações pedem velocidade, quero sentir o
vento indo contra o meu corpo e flutuar no ar, eu quero sentir o calor do sol
na minha pele e sua magnitude nos meus olhos mesmo quando fechados.
Simplificando tudo numa
palavra, tumulto. Eu estou confusa. Estou batendo cá com meus botões a todo o
momento, me sentindo como confetes coloridos num papel com listas pretas e
brancas. E não falo que estou contínua, na verdade estou aos pedaços e
repentina, mas ainda assim me sinto completamente inteira, e aqui, e ali. Em
todo lugar. Dispersa. Sinto meu olhar forte, rápido, e ao mesmo tempo manso,
doce e displicente. Sinto-me assim, lá, e aqui. 8 e 80. Longe e perto. Áspera e
lisa. Sou talvez a minha própria contradição, mas me conheço bem, e me sinto
uma desconhecida logo em seguida diante de um espelho distorcido. Estou a
perguntar o tempo inteiro o que seria esse sorriso simples que logo em depois
se transforma num sorriso de malícia. Involuntariamente. Sinto-me ilegítima,
mas com a identidade provando o que eu sinto não ser. Estou assim, confusa,
irritantemente feliz, irritantemente triste. E que esse tom visual de
estranheza me toma a alma, me torna invadida de inquires, seja a essência das
minhas respostas, um quadro em que os pés sejam a cabeça e a cabeça sejam os
pés. E quem vai me defender de minha própria falta de lucidez?
Enquanto isso, eu vou
vivendo essa minha guerra sem sentido. E vou colocando linha após linha que
estou errada e certa. Dessa mesma maneira vou procurando minhas aposiopeses,
afinal que escolha eu tenho? Eu já nem sei o que sentir por sentir de todos os
lados, tudo. Sou um labirinto interminável. E só assim me sinto viva. Repleta
de um sarcasmo abobado e por vezes desmedido. Então permaneço nesse arco íris monocromático,
silencioso, vago. Fico assim, sendo pedaços de outros, correndo, loucamente,
numa fração de segundos, parada. Sentindo minhas verdades serem rasgadas. E me
indagando sozinha como se fosse louca. E talvez seja. Não duvidaria. Mas só sei
ser assim. Expostamente transparente. Completa. Uma insana incompreensível,
como só assim saberia existir. Isso é, será que existo?
“Veja você, eu que tanto cuidei da minha paz
Tenho o peito doendo, sangrando de amor
Por demais
Na dor eu sei a extensão da loucura que fiz
Eu que acordo cantando
Sem medo de ser infeliz
Quem te viu, quem te vê, hein, rapaz?
Você tinha era manias demais
Mas aí o amor chegou
Desabou a sua paz
Despediu seu desamor pra nunca mais
Algum dia você vai compreender
A extensão de todo bem que eu lhe fiz
E você há de dizer: meu amor, eu sou feliz
Quem te viu e quem te vê, hein, rapaz?”
Tenho o peito doendo, sangrando de amor
Por demais
Na dor eu sei a extensão da loucura que fiz
Eu que acordo cantando
Sem medo de ser infeliz
Quem te viu, quem te vê, hein, rapaz?
Você tinha era manias demais
Mas aí o amor chegou
Desabou a sua paz
Despediu seu desamor pra nunca mais
Algum dia você vai compreender
A extensão de todo bem que eu lhe fiz
E você há de dizer: meu amor, eu sou feliz
Quem te viu e quem te vê, hein, rapaz?”
Me reconheço no que escreveu, estou em suas palavras e mais um pouco. Muito bom passar por aqui. Beijo Kaká
ResponderExcluirEis a loucura de viver intensamente. Eu só não direi que isso é bom porque eu não sei se a gente está numa situação favorável, mas fico feliz por teres se achado no meu texto.
ExcluirBjaum mocinha ;*