Indignada...

O começo foi agitado, intenso. O perigo. Por ser proibido e secreto instigava a imaginação e os sentidos. Era um caso? Um affair? Definitivamente, uma aventura, uma loucura. E, naquele momento, os dois queriam algo mais, a adrenalina. Manipulação, dominação, controle. 
Becos escuros, ruas desertas
Sombras, sussurros, noites e frestas
Frio na espinha, beijos roubados
Mas a surpresa de ontem, ainda continua a atravessar o travesseiro. Repetições. Envolvimento. Sentimentos expostos e compartilhados. Desejos revelados. Vontades que mudam. Expectativas. Como se lhe pertencesse. Como se certo fosse.
Existem muitas coisas que eu gostaria de te dizer.
Mas não sei como


Entrelaçadas. Misturadas. Ficção. Nunca houve a realidade, a cara limpa, a coragem. Era preciso mais! Pedir, seria cobrar? Se impor, seria colocar contra a parede? Como dizer? O que falar? Um sentimento que começa no meio do furacão. Inocente. Desavisado. É grande, é o suficiente, mesmo não cabendo no “nós” .
Eu quero te olhar
De um lugar diferente
Eu quero a chave
A chave da porta da frente
Eu quero agora
E eu quero pra sempre

Pronto. Mais claro, impossível. Disse o que queria. O que esperava. Isso não implica perder ou tolher a liberdade, o romance, a paixão e o desejo. Significa agregar. Compartilhar. Assumir. Ter intimidade. Mas porque o sumiço? Porque a falta de resposta? O que causou a mudança de atitude? Chamadas não atendidas, sem retorno. Indiferença. Consequências.
 Restos e sobras, porta dos fundos
Senhas secretas, sonhos ocultos
Fugas, mentiras, culpas e falhas
Muita espera pra pouca migalha

A ausência e a fuga são as respostas. Resto, sobras não são mais suficientes. Esperou, teve paciência. Não perdeu o controle, nem a razão. Não maltratou. Não mudou. Continuou da mesma maneira. Firme. Forte. Sabendo o que queria. E não era isso. Definitivamente, não era. E sabe. Agora não tem mais voltas que façam repetir-se. Se repetem. Estranhamente. Mas nunca são as mesmas.

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