E que seja breve...



Estava aqui pensando nas minhas feridas, cicatrizes e arranhões. Tem coisas que por mais que você se machuque, ou se torture, faz o querer ser mais profundo. É como se criasse todo um campo magnético, como uma corrente, na qual, após entrar nela, tudo vai atrair, juntar, somar, até o que ficou aparentemente escondido. É como um assunto que vem puxando outro, e de repente, você está totalmente envolto na situação. É coisa que toca a alma. Vai bem mais além do coração, afinal, essas ligações não estão necessariamente interligadas. E uma coisa você pode ter certeza, nesses deja vu's é onde eu perco meu tempo, repensando velhos detalhes. Colocando meu mundo a prova de balas em teste.


Que sejam breves minhas epifanias.

Já não me apetece chorar por aquilo que ficou pra trás. Aquilo que eu pensei que era pra ser e foi apenas uma ameaça. E eu acabei desandando dos meus caminhos retilíneos pra nada. Pelo momento passado que jaz aqui, pelas palavras que deixei saírem do meu coração outra vez, pelo futuro que eu tanto almejei, vou calar. E o que era injusto comigo, farei correto daqui pra frente. Agora, esse coração que um dia fora alvo de tanta ilusão, ficará quieto, porque o que sente não seria possível de justificar com milhares de palavras, prefiro ignorar o que existe, não quero nenhuma aproximação, me apetece a distância. Porque é triste saber que a dor vai ser carregada somente por mim, e eu quero estar sozinha com essa dor que me rasga, é tudo o que me resta.

Por algum resquício de sol eu ainda me contento com a possiblidade de tudo chegar ao fim. Por algum impulso do destino, as coisas se acomodarão no lugar. Ora cruel, ora doce e calmante, espero que assim essa dor não insista por tanto tempo, e quem sabe daqui algum tempo eu possa estar numa nova estrada sem rumo, e no meio de uma nova frase, de um novo verso, de uma nova possibilidade pra sorrir. E enfim, amando outro alguém.

O amor não força nada, ao contrario ele abre o caminho...

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