"A cada bela impressão que causamos, conquistamos um inimigo. Para ser popular é indispensável ser medíocre."

“Cada segundo é tempo para mudar tudo para sempre.”

Charles Chaplin

Esses dias minha variância de recepção de determinadas informações me causaram um impacto inicial, uma inquietação e por último uma espécie de conclusão. Não que a conclusão seja necessariamente o fim. Há como mudar, afinal opiniões demudam, pode ser redimido através de novos conceitos aprendidos.

Entrando no real motivo do meu desabafo pessoal do dia. Devido à quantidade de coisas vivenciadas, desde a tia doente até atitudes de falta moral dos adjacentes conhecidos,  o tumultuo interno me fez refletir. Primariamente a questão de maldade do ser humano. Ninguém nasce ruim, mas por instinto aprendemos a ser ruins como autodefesa. Ninguém compreende mais a gentileza de outra pessoa sem confundir que exista um segundo interesse, afinal estamos vivendo um mundo onde o lado ruim parece ter dominado as coisas boas. Existe uma série de outras coisas ruins que as pessoas vivenciam. E o problema é justamente o costume e a naturalidade para isto. E esse foi justamente o ponto da minha reflexão. A maldade do humano.

Creio que é preciso acostumar-se com determinadas coisas. Compreender. Respeitar. Agora é bem diferente achar que todas as pessoas do mundo são iguais. Possuem as mesmas características e buscam sempre as mesmas coisas. Assim como chega a ser “ignorante” achar que todas as pessoas do mundo são ruins, pensam coisas ruins, esperam o pior lado dos outros. Não. Isso não é verdade. E é por esse mesmo motivo que eu sempre acabo me machucando com as pessoas que me rodeiam. Se quiser entender melhor, leia “A arte de ser bobo”.

Não existe um nome pra dizer diante dessa “aceitação de modinhas” ou visão monocromática da sociedade. Essas são tentativas de preenchimento do vazio humano. Não é algo tão novo, não é só isso. Nem é exatamente uma peça do “diabo” como alguns tanto dizem. Não tem um culpado, como muitos tentam falar, é muito mais complexo do que aparenta. Pela simples impossibilidade de perceber que ninguém nasce formulado, ninguém nasce com as coisas definidas. Não somos um produto. Não precisamos ser um produto. A vida quer te ensinar isso.

Ofensa. Essa é a palavra que mais apresenta um estigma para semear a maldade, adotadas pelas pessoas como fonte de ironia, falsidade e infidelidade com as aparências. O que gera uma quebra na compreensão do ser humano como vivente e capaz de sentir as ofensas, além de alterar a capacidade de amar um ao outro por sempre estar esperando que o outro esteja apenas querendo te ver ao chão.

Vale ressaltar que os feitores das maldades precisam ser compreendidos também. Eles não podem controlar aquilo que não são capazes de compreender. Então resolvem classificar, pra assim ter alguma forma de controle, ou parecer entender. Então essa classificação reduz a complexidade, ou apenas vira um arquivo morto na sociedade. O que poderia ser o caso das pessoas que são infelizes em falar da vida dos outros: há um lugar pra aquele ser humano “repugnante” (Pensamento real da pessoa - “não entendo como ele pode ser assim”), logo não é preciso compreender, e existe outro lugar pra quem segue o convencional ou finge ser quem não é (meu pensamento diz que essas pessoas simplesmente não são realmente felizes, porque até a felicidade é fingida).

Ao longo dos dias, ao ouvir falarem de pessoas importantes para mim, pessoas que não conheço nem pelo nome, outras que conheço, eu fiquei triste. Aliás, muito triste. As palavras afirmadas não são incomuns, e eu diria que até seriam aceitáveis se elas tivessem propriedade da verdade, e principalmente, quem as proferiu tivesse de fato um conteúdo compreensível (de alguma profundidade e não estivesse baseado na opinião de terceiros). Isso tornou aquilo estranho. Eu apenas visualizei palavras de um visigodo, ou sejamos mais fidedignos, hunos, falando com “propriedade”(pensamento podre) de uma forma baixa. Em certo sentido, o discurso mencionado durante a convivência de quem tem a moralidade e Deus no coração (diz ter, mas não tem pelo visto), fez uma reorientação, deixou de estar à margem das próprias palavras e transfigurou o verdadeiro caráter. 
“Se soubéssemos quantas e quantas vezes as nossas palavras são mal interpretadas, haveria muito mais silêncio neste mundo.”
Oscar Wilde

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