"Enfrentar preconceitos é o preço que se paga por ser diferente."
“Quem
assume sua verdade age de acordo com os valores da vida, mesmo enfrentando o
preconceito e pagando o preço de ser diferente, passa credibilidade, obtêm respeito e se realiza.”
Acho que esse post
requer muita coragem da minha parte. Não por ser pessoal, mas pelo fato de eu
ter que “catucar” antigas feridas. Eu não tive outra opção senão responder a
pergunta do ask no meu blog pessoal. Pela simples pergunta e ao mesmo tempo,
grande pergunta. E relembrar determinadas coisas, ruins e muito ruins.
“Você já
sofreu Bullying?”
Sim. Eu já sofri Bulling!
“E como você
lida com isso? Lidou?”
Eu não sei exatamente
como eu lidei. Eu sei o que sofri. Sei o que passei. E confesso que não foram
sensações boas. Afinal, brincar com sentimento alheio como se fosse uma bola, e
rir daquilo, realmente é traumatizante. Eu nunca aprendi a lidar com isso, e
até hoje sou complexada com uma série de coisas que nem deveria.
“Você perdoou?”
Não, eu não consegui
perdoar todas as pessoas, da mesma forma que eu não fui capaz de esquecer.
Infelizmente vou lembrar todas as vezes que essas pessoas aparecerem.
“Tem algum
ponto positivo apesar dos pesares?”
Não sei se há
exatamente um ponto positivo, mas eu tentei transformar isso em algo positivo
diante da vida. Eu aprendi a respeitar as diferenças. Aprendi que o outro,
mesmo não compartilhando das mesmas coisas, é humano e merece respeito acima de
tudo.
“Você sabe
por que faziam aquilo contigo?”
Não. E mesmo quando
perguntei para alguns o motivo, eles apenas respondiam que era “engraçado”. Eu
acredito que em todos os casos o bullying que fizeram contra, era de função “comediante”,
talvez por ser “cool”, talvez pela diferença, talvez por preconceito!
“Preconceito?”
Sim, preconceito. Por mais
incrível que pareça, até quem não deveria ser preconceituoso... também possuía.
Foi depois de sofrer preconceito de todos os lados que eu percebi que no fundo
todo mundo tem algum preconceito.
As pessoas não sabem
lidar com aquilo que não conhecem. Então armam-se de piadas mórbidas e disparam
contra quem não deviam levantar nem ao menos a voz.
“E você tem
preconceito?”
Tenho. Como disse,
ninguém escapa disso. A gente sempre tem algo desconhecido da nossa realidade,
e por esse motivo, vivemos em constante crescimento pessoal e espiritual.
“Poderia
explicar alguma situação em que sofreu preconceito?”
Vamos ao exemplo mais
clássico: Eu, no meio de um monte de héteros e gays, sendo considerada a “santa
do pau oco”. A que tem um “podre”, mas esconde muito bem.
Vamos ao segundo
exemplo: Eu, tocando violão, e três mil comentários por trás, no qual as
pessoas me acusavam de alguma coisa com toda a propriedade do mundo! E num tom
de deboche podre! Eu realmente sinto raiva de lembrar isso, e perceber a
insensibilidade das pessoas. Acho que nem sequer perceberam o quanto isso me
incomodou, me incomoda, e machuca!
Vamos ao terceiro
exemplo: Essa menina é muito certinha, quieta, calada! Então, vamos ignorar a
voz dela.
Nesse último exemplo,
eu gostaria de mandar quem pensou isso pra “puta que te pariu”!
Tem muitos outros
exemplos. Então, fica com esses que já são o suficiente.
“O que você
diria pra essas pessoas se elas tivessem vendo sua resposta?”
Eu diria que as pessoas
gostam e usam de um preconceito no dia a dia, e ninguém se livra disso. No
entanto, não se deve permanecer na primeira opinião. Não podemos nos basear sem
conhecer ao outro de fato e gritar como piada. É preciso aprender a respeitar
as diferenças. Até quando você é obrigado a partilhar de coisas que odeia.
Eu não sou certinha,
imaculada, sem erros, ou qualquer coisa que vocês tenham em mente. Só acho que
eu não tenho motivos pra fazer o que todo mundo faz, agir da mesma maneira,
dizer as mesmas coisas!
Se eu sou “estranha”,
não tenho como mudar isso. É algo que sempre foi assim. Eu acho que não dá pra
mudar a minha essência. E se as pessoas preferem continuar procurando os
motivos, fiquem a vontade, só sejam mais cuidados na hora de “apontar”.
Queria deixar um
agradecimento para minha mãe que sofreu algumas vezes comigo, afinal, a mãe
sempre é um apoio emocional nessas situações. E também agradecer a MB, que
muitas vezes soube exatamente o que falar pra conseguir superar alguns desses
entraves pessoais.
“Muitas pessoas pensam que estão a pensar quando estão
apenas a re-arrumar os seus preconceitos.”
Adorei o blog, já seguindo! Me segue tb ;) http://artesdaemanuella.blogspot.com.br/
ResponderExcluirBjs
Manu
Seguindo de volta. Obrigada pela visita.
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