"E se os olhos reaprendessem a chorar seria um segundo dilúvio".
“E o que amei
se desgaste.
E esteja despido
de palavras.
Despido de mim
até o cerne.
E nada mais escute.
Nada e nada.
APENAS O CORRER
DO CORAÇÃO.”
se desgaste.
E esteja despido
de palavras.
Despido de mim
até o cerne.
E nada mais escute.
Nada e nada.
APENAS O CORRER
DO CORAÇÃO.”
Dispondo dos meus
passos para afastar-me, enquanto teus olhos permanecem cerrados. Enquanto teu
sono ainda acalenta a maciez das pálpebras fechadas, secretamente não poderia
sequer entrar no mais secreto dos teus letargos. No entanto, apesar do
querer, à distância daqui de fora do teu pensamento, me deixa somente a contemplar-te, de longe. E me pergunto,
sempre [outra vez], quiçá um dia nossos caminhos sejam o mesmo. Que
sejamos inteiros.
Nossos passos não precisarão se apartar. Não seremos como pedaços de alma mutilados pelas lacunas consentidas. A cada instante,
agonizando pela falta, pela precisão do outro para aperfeiçoar-se. Porque juntos,
são completos.
E lá, onde as nossas almas
se encontrarem, e conjeturarem-se, duplicando, uma na outra, por serem na mesma intensidade,
iguais na cor, serem almas plenas. E o sono, em que teus olhos cerrados são
macios, pertencentes a mim, torne-se reais.
Assim,
No meio de nossas
pendências,
Na procura um do outro,
Sendo imediato,
Aquilo que se
complementa,
Que seja em ti meu prejuízo
diante de mim,
Que seja em mim a sua
circunstância de aconchego,
Dissolvendo meu mundo
em teu universo,
Transmutando o
sentimento simples,
Em amor.
..............Que seja assim mesmo,
................................................................................Diferente,
............................Paciente como o para sempre.
Ao deparar-me em ti, o
amor, em amar, que já nem lembro exatamente como as coisas sucederam, regadas
as mãos suadas de ansiedade, os olhos expondo a alma pra fora.
..............................................................Êxtase.
.......................................Fúria.
............Amor.
.........................................................................................Pele na pele.
Sim, meu
amor, na lei que rege sentimento que não tem o menor pudor, escrúpulo, nos
permitiu o perder-se. Eu, que em meio ao amor já não tenho uma parte sequer
sóbria, grito-te amar. O coração já não sabe onde esconder-se, ele clama em:
Bum, Bum e bum. Como relógio, marcando o tempo, inquieto, desrespeitando o
silêncio. Então, tombam um no outro ... Bum, bum ... BUM!
Tua imagem tão antiga
ressurge, novamente, transbordando pelas lágrimas, o desassossego de te amar.
Confusa, recuso aceitar, por reparar-me em ti, também desassossegando teus
batimentos. Em frente de teus olhos cerrados, que teu inquieto sonho seja real,
ao meu lado, onde tudo seja além dos lábios que se encontram, do amor, do
desapontamento. Que sejamos um ponto a mais além da maciez dos olhos cerrados
que sonham, e enfim, do amor, sendo um pouco dos segredos do mundo que eu não
poderia compreender, mas sinto. E sinto por ti.
“Ainda é quando a vontade
está no meio do caminho.
Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.
Desejo é uma boca com sede.
Paixão é quando apesar da palavra "perigo" o desejo chega e entra.
Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado. Não.
Amor é um exagero... também não. É um "desadoro"... Uma batelada?
Um exame, um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego?
Talvez porque não tivesse sentido, talvez porque não houvesse explicação, esse negócio de amor não sei explicar...”
Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.
Desejo é uma boca com sede.
Paixão é quando apesar da palavra "perigo" o desejo chega e entra.
Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado. Não.
Amor é um exagero... também não. É um "desadoro"... Uma batelada?
Um exame, um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego?
Talvez porque não tivesse sentido, talvez porque não houvesse explicação, esse negócio de amor não sei explicar...”
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