"Tudo de amor que existe em mim foi dado. Tudo que fala em mim de amor foi dito. Do nada em mim o amor fez o infinito."
"quero antes o lirismo dos loucos, (...)
o lirismo difícil e pungente dos bêbados,
o lirismo dos clowns de shakespeare.
não quero mais saber do lirismo
que não é libertação."
(Manuel Bandeira)
O tempo que não tarda a passar, e assim tem levado horas,
dias e anos de minha juventude, hoje me faz querer falar do principal motivo
que me distorce ao descaminho, amar. E de tanto apreciar a literatura
expositora do amor, que venho aqui novamente, mesmo sem dar muita
credibilidade. É complexo acreditar num sentimento em que passei tantos anos
enrolando o coração para não mais acreditar. Eu subjuguei. Hoje meu coração
está sozinho, e de certa forma apreciando a arte da solidão com uma vontade
imensa de assim continuar.
Ao certo muitos apontarão o dedo no meu nariz e dirão: É desilusão, daqui um tempo passa, tudo passa. Eu, por sinal naturalmente, responderei a altura: Solidão não é questão de ser, mas de estar suficientemente bem consigo mesmo, ao ponto de apreciar a vida sem precisar de um peso para carregar. Para tanto, sejamos mais interessantes, existe tanta coisa no mundo para observar, principalmente o que existe em nós mesmos. Sejamos o ópio da ilusão de nossas vidas, vamos nos alegrar por sermos exatamente assim, confusos, complexos e incomum (para alguns: únicos). E eu, sou apenas uma metida a escritora cretina que é feliz assim, sem ter motivo algum, porque não é preciso se já tenho a habilidade de viver.
Ao certo muitos apontarão o dedo no meu nariz e dirão: É desilusão, daqui um tempo passa, tudo passa. Eu, por sinal naturalmente, responderei a altura: Solidão não é questão de ser, mas de estar suficientemente bem consigo mesmo, ao ponto de apreciar a vida sem precisar de um peso para carregar. Para tanto, sejamos mais interessantes, existe tanta coisa no mundo para observar, principalmente o que existe em nós mesmos. Sejamos o ópio da ilusão de nossas vidas, vamos nos alegrar por sermos exatamente assim, confusos, complexos e incomum (para alguns: únicos). E eu, sou apenas uma metida a escritora cretina que é feliz assim, sem ter motivo algum, porque não é preciso se já tenho a habilidade de viver.
Depois dessa fase de autoflagelar-se, aprendemos muito bem que quase sempre perdemos demais por querer achar no outro uma felicidade que só depende unicamente da gente. É assim que quase sempre pessoas ganham juntas exatamente aquilo que naturalmente vão perdendo separadas ... a arte de não estar com alguém por não se respeitar.
Vocês podem até não entender a minha forma de pensar, mas eu acredito que ao entardecer, quando conseguirem aclarar os pensamentos, ou mesmo no momento em que o tempo tirar alguns anos de sua cota de vida, serão capazes de compreender estes apotegmas aqui descritos.
O que resta para alguém sem coração e sem voz? Resta silêncio e um pouco de loucura. Já não existe capacidade de tropeçar de ternura por alguém, não apetece mais as mãos geladas e suadas, o frio na barriga e um batuque incessante ao ver que o(a) amado(a) chegou e deixou seu encanto (perfume) nas roupas, na pele, no gosto. Porque o amor é apenas isso, amor. O amor é tudo isso, amor. E o que resta no fim? Se souber me desvendar em ti, talvez possamos ficar de par em par, imaginando. Corações sobreviventes, conversando entre si sobre ritmos que se completam tão bem. Afinal, sempre vai existir um espaço, um momento, um recomeço para amar. Porque meu amor, amor é isso mesmo, sem pudor, sem sentido, é apenas isso, amor.
"pintou estrelas no muro
e teve o céu ao alcance das mãos."
(Helena Kolody)
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