"Antes um vazio imperfeito, uma ferida sem lugar que nenhum lábio, sequer os teus, saberiam calar."

Hoje gostaria de usar o espaço para divulgar uma nova canção, ou mesmo um poema que não se cansou de gritar enquanto não foi tecido. 

Feito nó



Eu que era dele. 

Ele que era meu. 

Um do outro, eternamente, ao nos encontrarmos.

Enlaçados, envoltos, profundos como somos. 

Tu e eu, pronomes retos, mas agora possessivos; 

Meu intensamente, tua imensamente. 

Eu que sempre fui tão ajuizada, esquecera de guardar meu coração. 

Eu que sempre fizera da palavra sentido, agora era só emoção. 

Eu que nada deixava apoderar-se de dentro para fora, 

Agora vivia de fora de mim, guardada dentro do outro, em teu coração. 

Eu que nada sabia de mim, agora era sabida dele.

Ele que nunca fora muito cauteloso, pediu meu coração tão docilmente. 

E agora faz do meu dia a parte mais doce, colorida, só por existir. 

Fazendo o agora parecer tão mais importante. 

Ele que nunca havia entendido o mar calmo do amor, enfrenta agora a turbulência da paixão. 

E que loucura é tudo isso. 

Isso tudo que estamos sentindo. 

Nós que nunca nos entendemos. 

Nos encontramos. 

E assim nos desencontramos de nós mesmos. 

Nós, 

(Des)encontrados. 

Um no outro, 

Como só o amor é capaz de ensinar. 

Nós atados, 

Laços enfeitados, 

Amor transbordado. 

Eu, 

No teu peito, 

Tu, 

Me acolhendo de coração aberto. 

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