"Amor não resiste a tudo, não. Amor é jardim. Amor enche de erva daninha."
"Fiquei. Você sabe que eu fiquei. E que ficaria até o fim, até o fundo. Que aceitei a queda, que aceitei a morte. Que nessa aceitação, caí. Que nessa queda, morri. Tenho me carregado tão perdido e pesado pelos dias afora. E ninguém vê que estou morto."
Meu lado romântico
resolveu tomar chá de sumiço, foi trocado por um doritos e coca cola. Qualquer
coisa é melhor do que amar nesse momento. Não porque eu ache o amor algo ruim,
ao contrário, seria bom se soubessem cuidar e amar como a palavra realmente
diz. Porém, ninguém ama, as pessoas apenas acham saber o verdadeiro sentido do
amor e o estão colocando a um preço injusto por causa de tanta permissividade.
Não estou dando exemplo
de ética, nem discorrendo que só eu sei o que é amar. Na realidade só estou
dizendo o que eu realmente penso. Acho que quando a gente ama, pra preservar, tentamos
encontrar um recurso até para nossas paranoias, fazemos o mundo ficar de cabeça
pra baixo. Se for necessário jogamos tudo pra cima. Lutamos com o maior esforço,
engolimos nosso orgulho apenas pra estar perto, cuidar e tudo mais. Só que até
os mais incansáveis românticos doentes de amor um dia cansam. Eu cansei.
O meu lado romântico
está totalmente despedaçado. Cansado. Usado. Triste. E porque não deveria? Como
eu não estaria chateada, machucada, com raiva?
Por um ano e cinco
meses convivendo, tentei corrigir meus erros de instabilidade, fiz coisas que
saem do meu normal só pra estar perto, me permiti esquecer algo que era “bobo”
pra poder viver um novo relacionamento, então pulei de um abismo, me apaixonei,
briguei, desapaixonei, fui reconquistada, fui deixada de lado, corri atrás. De
tudo um pouco ficou, parte se perdeu, e as horas se passaram desde que brigamos
a ultima vez. Eu resolvi retirar o coração pra repensar, porque só quando ele
não fica próximo demais é que dá pra entender as ideias, ou caso contrário,
misturam-se as ideias com os pensamentos e sentimentos.
Eu pensei, repensei e
resolvi ficar quieta. Não quieta de nada fazer, e deixar as coisas acontecerem.
Resolvi ficar quieta do modo silencioso, e seguir minha vida. Porque se depois
de tantas tentativas não conseguimos nos entender, mais uma conversa não vai
ser o suficiente pra isso. E que venham os novos amores, as novas paixões. Quem
sabe um dia eu encontre a “pessoa certa” (se é que existe isso).
Quando eu resolvi tirar
o coração, limpar, pra poder continuar vi que eu deixe algo errado acontecer na
relação, dei atenção primária total a ele, e me coloquei a um segundo lugar.
Acho que ele não percebeu e também fez o mesmo. Isso é errado?
Vamos ao caso e acasos:
se teu namorado não deu importância a nenhuma das coisas que você fez enquanto
estiveram juntos e só te lembra das coisas ruins que você fez no inicio da
relação. Então durante a briga nunca fala que você foi uma boa namorada, apenas
te crucifica. Não existe amor nessa relação! Quem ama ao ponto de te esculachar
e nunca elogiar? Isso é uma aberração da natureza. Homem que trata mulher assim
não merece ter namorada!
Agora se você
ultimamente só tem pisado na bola, e por causa da sua instabilidade emocional brigam
de 12 em 12 horas (até no sonho). Você reclama demais, faz drama demais,
reclama dos amigos dele, “enche o saco”. Minha filha, pelo amor de Deus, arruma
uma coisa pra fazer da sua vida e deixe teu namorado respirar um pouco, certo?
Tome um remédio pra sua instabilidade psicológica (porém se ele disser a você
que está fria depois que começar o tratamento, ele é um retardado e gosta da
sua instabilidade emocional).
Agora saindo do caso
hipotético (e real) e veiculando ao meu caso exemplar, ambos estávamos errando.
Um por pensar que o outro estava em primeiro lugar e o outro também. Assim, o
relacionamento deixava de ser “nós” pra ser “você” e “eu”.
Pensa comigo, eu noto
que você mudou, que tem algo estranho acontecendo. Você não me conta e eu
preciso entender porque isso está afetando a relação. Então, como autodefesa
resolvo tirar o seu juízo até você por mágoa me contar tudo e no desespero de
eu não acabar a relação, conta tudo aos mínimos detalhes. Passam alguns dias,
uma situação quase fica fora do meu controle, eu te conto, te explico e
termino. Depois voltamos a conversar e alguns planos independente do fim,
continuam rolando. Mas por alguns problemas não resolvidos, falo que me
desesperei, você quer resolver meu problema e ao tentar me “ajudar” fala: “Eu
sempre larguei tudo pra ficar ao seu lado, quase me assaltaram quando sai
correndo da festa, já vim do posto na estrada só pra falar com você enquanto
você me trata super mal quando está perto dos seus amigos. Você fala dos meus
amigos, mas os teus são uns pirralhos que diz perfeitos. Não estou falando que
você só tem defeito, reconheço que quando quer ser fofa e me ajudar, você faz.
Você é muito imatura ás vezes, mimada na verdade. Você precisa mudar, não por
mim, mas por você. Ei acorda, você não tem mais 17 anos. Você me xinga, me
humilha, diz que sou vingativo, mas você também é. Não faça pra ninguém o que
não quer que façam pra você!”. Lembro que quando li isso a primeira vez, eu
reli e comecei a rir (sim isso foi pra mim). Eu fui chamada de mimada, de
imatura, e coisas similares. Como não coloquei toda a conversa, não dá pra ter
uma noção de tudo o que foi dito.
De tudo, acho que isso
foi o mínimo. Acho que não chega aos pés do que já passamos. Se isso tivesse
acontecido antes, talvez eu tivesse forças pra recomeçar. Provavelmente
acreditaria numa possibilidade de tudo dar certo. Mas a cada tentativa de
proximidade ficamos mais distantes, menos tolerantes. Falamos coisas demais. A
verdade é que cansamos. Estamos machucados demais pra continuar. Esse é o ponto
de uma partida pra um recomeço. Separados. Mas isso não vai retirar nunca o que
vivemos e muito menos diminuir. Só não dá pra continuar a insistir.
"Admito que doeu, que me sufocou. Admito que eu não sabia pra onde correr. Admito que me consumiu, que me corroeu, que me despedaçou. Mas também admito me fez olhar pra frente e entender que tudo nessa vida tem uma razão, e que se você se machuca muito, começa a não doer mais tanto"
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