"Há na intimidade um limiar sagrado, encantamento e paixão não o podem transpor - mesmo que no silêncio assustador se fundam os lábios e o coração se rasgue de amor."


Sempre vai existir alguém que vai ouvir, ou tentar entender a gente, por mais estranho que pareça. E mesmo que não possa entender, vai ouvir gentilmente e tentar falar algumas palavras que confortem, que permitam a volta da paz.

E começou de um jeito assim, meio inesperado. Meio roubado.

“Os dias em que
não estava contigo
são criminosos.
Falta-me um álibi
para dizer onde eu estava.”

Virou promessa, são 365 poemas. E um deles virou conversa, que virou texto, e virou alguma outra coisa para cada um que o lê, nos lê, e se encontra também, igualmente, assim. 

4º dia de promessa de um par de olhos doces, de um coração gentil:

Yá: Há certos domingos, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo estar alí quietinhos ... sóbrios ou no mais puro silêncio em uma noite de verão a espera da eternidade. Corações em brasa apaixonam-se muitas vezes na vida, poucos amam ou encontram um amor verdadeiro, outros como nós ESCREVEM, sabendo que por maior que seja o esforço, o destino nos fez invisíveis por muito tempo! Mesmo que digam que somos responsáveis por nossos próprios atos e nela está incluso a solidão com direito a destaque na prateleira, basta lembrar quantas vezes de você deixou de sorrir para emprestar milhares de sorrisos a quem nunca encontrou a felicidade! E sorte minha do dia em que passei a dormir com o doce infantil sorriso de quando tinha 12 anos.

Kaliany: É bem assim mesmo. Me sinto um tanto espectadora da vida. Um meio termo das entrelinhas. Talvez até seja um caso perdido que de desencontro se faz viva. Mas hoje estou aqui, com alma sabor chocolate amargo para um final de domingo na tela branca escrevendo outra vez. Talvez buscando a paz. Talvez ... perdendo de si. Sempre no talvez. Maybe, i’m only one, and alone. But IT’s ok, i’ll fine. I survive.

Yá: Estarei sempre aqui!! De dia, de noite, de tarde, de janeiro a janeiro, do inverno a primavera, com chocolate doce ou amargo ... com ou sem palavras, em voz ou silêncio. Alguém que não precisa ver um fio de cabelo para acelerar o coração a cada fim de noite, mesmo que o mundo diga não, que as sombras espalhem dúvidas sobre o quarto, acenderei as luzes, abrirei as janelas mesmo que não haja sol ... Serei sempre seu espectador predileto mesmo que as páginas estejam brancas ou rabiscada por nós.

O que não foi dito, mas poderia ser dito ...

Kaliany: Há quem exista somente para ser espectadora, observar todo esse mundo, e seguir a custo guiada pelos resquícios daquilo que vira poesia. Esse somos nós. Ao certo nos entendemos, eu do meu jeito meio estranha, e você com seu jeito doce. Nossas poesias são assim, nascem do nada, ou de alguma coisa que temos em comum ... falar.


Ao final de uma segunda feira meio ruim, relembrar estas palavras ao certo confortam. Existe apenas um lado bom de ser escritor, admirar a beleza depois de escrita, porque enquanto é tecida, dói com veracidade, e causa tantos males. 

“Eu escrevia cartas de amor.
Não eram pra ninguém.
Escrevia cartas de amor como quem
tenta distrair o amor até ele chegar.
Eu provoquei o amor.
Fiz de conta que existia para parecer ocupado.
Tantas vezes me declarei sem ter nada.
Quando o amor chega,
as cartas de amor são desnecessárias.
Nossa letra treme como uma pálpebra.”

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