"Por isso me refiz. E a vida se apresentou novamente como caminho para meus pés livres e descalços." (Adja Medeiros)
Idade, vida que vai. Vida que não faz o menor sentido. E a gente se pega pensando nessas pequenas coisas, reviravoltas e conselhos. No meio do tempo acaba virando alguma conversa banal, que tem justamente a profundidade das almas que discursam seus volumosos pensamentos em algumas poucas linhas.
Entenda, ou não ...
J: Adja se conforme que a
dor é menor – risos.
Adja: Não posso me conformar. De acordo com os
mais velhos isso piora com os anos.
J: E é verdade mesmo –
risos.
Adja: Quanta insensatez não? A gente quando
criança quer ficar adulto para fazer o que quer. E quando fica adulto acha ruim
porque descobre que essa liberdade é pura ilusão. Ah vai entender – risos.
J: Mas vamos viver a vida,
ficar chorando não vai voltar o tempo que passou. Essa é a realidade.
Adja: Nada de chorar, isso é desgaste “debochante”.Vamos
poetizar a vida, e rir da realidade, já que é praticamente impossível fugir
dela – risos.
J: Não temos como fugir dela
– risos.
Adja: Claro que temos. Quando as pupilas se
dilatam, ou quando sentimos o tempo meio parado, é certeza de fugir da
realidade. São dramas raros, rápidos, e que nos roubam. Daqui três anos você
vai entender o que eu disse – risos.
J: Acho que meu
subconsciente esteja me tirando a realidade superficial. Mas como você falou
são casos raros, e esses casos às vezes são muito escassos.
Adja: Não são escassos, são múltiplos se forem rasos.
Quando profundos, não.
J: Não em mim não.
Adja: Mas não falei nesse sentido, falei no que se
refere ao tempo.
J: Humm.
Adja: Tempo, acasos, profundidades de pele que se
retira a vida. Palmas que a gente acabou de criar uma conversa bem bonita –
risos.
J: Risos.
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