"Estamos destinados a perdermos as pessoas que amamos. De que outra forma saberiamos o quanto elas foram importantes?"
“Espero que veja
coisas surpreendentes. Espero que sinta coisas que nunca sentiu antes. Espero
que conheça pessoas com um ponto de vista diferente. Espero que tenha uma vida
da qual se orgulhe. “E se não se orgulhar dela, espero que
encontre forças para começar tudo de novo.”
Tem uma frase que nesse
momento (a partir desse momento) começou a fazer muito sentido pra mim. É a
velha frase “ninguém é santo”. Eu fiquei sabendo que a Dávila tinha terminado o
namoro fazia uma semana, justamente na semana que eu resolvo ficar com a Diana.
Na hora eu não pensei muito no que isso poderia acarretar, afinal eu estava apenas
ficando por ficar.
Na semana que prosseguiu a essa, a gente se reuniu pra conversar. Conversa mole vai, conversa mole vem, a Dávila resolve se sentar do meu lado e me abraçar justamente como fazia antes. Foi quase um choque de realidade pra mim, afinal estavam falando sobre a menina que eu tinha ficado e ela me abraça como quem diz “não importa, esse é meu”. Porque toda mulher tem essa necessidade de propriedade? Não sei. Quatro minutos depois de acabar essa parte da conversa, eis que a Diana aparece no portão e entra. O reajuste de lugares foi muito rápido e a cara de um dos meus amigos foi indescritivelmente maléfica.
Acho que eu nunca
fiquei tão desesperado como nesse momento. Só que a Dávila não é santa, na
mesma semana ela já estava de caso novo. E eu me sentindo péssimo.
Momentos passam, momentos
correm (quase por aí). A Dávila resolveu andar com algumas amizades, ouviu
conselhos que na época me irritaram e nos fez distanciar um do outro. Ela
conheceu um grupo de rapazes, e acabou tendo um caso com o Wando. Eu achei até
interessante, porque pela primeira vez ela fez a escolha errada, e por orgulho,
por bobagem, deixou que as coisas perdessem o rumo. Sim, isso mesmo, não fui eu
quem retirou a virgindade dela, foi o Wando (triste fim)!
Dávila: Eu por algum
acaso te dei a liberdade de falar sobre isso?
Alfonso: Não, mas que
importa? Você só fez isso porque quis. Fez tudo apenas pra ver se eu tinha
ciúme e no final eu apenas senti pena.
Dávila: Porque pena?
Alfonso: Esse papo de
virgindade é sempre uma coisa que as pessoas colocam como honra, o que eu
discordo. Você pensava assim, mas por eu estar infelizmente namorando, resolveu
fazer com o primeiro. Eu não entendo porque depois você ficou tão mau.
Pensem comigo, as
mulheres agem sempre como se tudo fosse um conto de fadas, esperam o cara
perfeito, o acham, erram, perdem o cara perfeito, e sabem que poderiam o ter de
volta, mas preferem (POR ORGULHO) continuar no caminho errado. Depois que o
conto de fadas perde a beleza, elas ficam tristes. Até que elas encontram outro
cara interessante, e que mudam essa vidinha. Nesse ponto vocês deveriam pensar
que o cara perfeito é passageiro, como foi no meu caso, eu não fui o perfeito,
o melhor e nada disso na vida da Dávila, mas fui o primeiro a parecer ser o
certo. E de que adianta eu ser o primeiro se eu não for o ultimo? Daqui a uns
10anos com toda a certeza ela vai estar com um cara que pra aquele momento será
o melhor. Então, parem de pensar tanto como se tudo precisasse dessa perfeição,
ilusão melhor dizendo!
O amor é como uma
roupa, fica velha, desgasta. Dura exatamente o tempo exato de ser usada. A
gente deixa às vezes na forma a qual imaginamos, porém ao encaixar a roupa no
corpo, nem sempre a vestimenta é a melhor, porque o corpo de fato pode não ser
o ideal pra aquela roupa. Esse amor, que a gente surta, imagina, delira, sonha,
é apenas um futuro pra desilusão, e isso só muda se os descaminhos ficarem
variando, mudando, costurando os retalhos e remendando, alterando. E assim
renove o que aparentemente está desgastado.
Dávila: Eu não sabia
que você pensava assim.
Alfonso: Acho que você
não teve tempo de me conhecer realmente. E acho que com certeza a gente jamais
daria certo. Minha paixão por você durou até aquele dia que estávamos todos
conversando, e você veio e sentou no colo do Wando e beijou-o na minha frente,
depois olhou pra minha cara. Sinceramente, foi nesse momento que eu perdi todo
o carinho que eu tinha. Foi nesse momento que eu notei que as costuras que eu
tentava manter eram frágeis. Débeis.
Dávila: Eu só queria
fazer ciúmes. Não era pra machucar.
Alfonso: Você não
conseguiu. Eu tive nojo. É aquela coisa que se ao menos, do teu desespero, da
tua vontade, saísse ao menos alguma coisa que prestasse. Mas tudo o que
realmente fez sentido foi que a gente definitivamente não tinha mais volta.
Algumas analogias
poderiam até fazer sentido no momento, mas vou me deter a finalizar o meu
momento com a Dávila, acho que ela já ficou exposta demais. Penso que o nosso
momento passou, principalmente porque foi com ela que eu descobri que “ninguém
é santo”. Hoje eu reflito de uma forma diferenciada sobre tudo, muitas coisas
mudaram, muitas pessoas passaram. Posso hoje estar convencido do meu próprio
posicionamento que no fundo ninguém é de ninguém, mas quem sabe amanhã, quando
as desilusões forem menores, eu me deixe reanalisar e ter uma nova própria
visão crítica de quem eu sou e se o que eu fiz poderia ter sido menos doloroso.
Dávila: É bom pararmos
por aqui mesmo, acho que é melhor você começar a contar da Diana, Raissa,
Helen, Sandra, Tatiane e Aninha. Porque até aqui só pareceu que eu fui a ruim!
Alfonso: Mas a culpa
foi sua (risos).
Eu não sou santo, nem
quero ser. Eu apenas aprendi a recomeçar de uma forma nova. Reinventar. E claro,
passar na vida das pessoas no tempo suficiente pra nunca ser esquecido!
"Crie laços com as pessoas que lhe fazem bem, que lhe
parecem verdadeiras.
Desfaça os nós que lhe prendem àquelas que foram significativas na sua vida, mas,
infelizmente, por vontade própria, deixaram de ser. Nó aperta, laço enfeita. Simples assim.”
Desfaça os nós que lhe prendem àquelas que foram significativas na sua vida, mas,
infelizmente, por vontade própria, deixaram de ser. Nó aperta, laço enfeita. Simples assim.”
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