"Quando não se tem mais nada a perder, só se tem a ganhar. Quando se pára de pedir, a gente está pronto para começar a receber."
“Um
homem que fala e não faz, é como um jardim cheio de ervas daninhas.
E quando as ervas começam a crescer, é como um jardim cheio de neve.
E quando a neve começa a cair, é como um pássaro na parede.
E quando o pássaro finalmente voa, é como uma águia no céu.
E quando o céu começa a trovejar, é como um leão à porta.
E quando a porta começa a ceder, é como uma punhalada nas suas costas.
E quando suas costas começam a doer, é como uma faca no seu coração
E quando seu coraçãocomeçar a sangrar,
E quando as ervas começam a crescer, é como um jardim cheio de neve.
E quando a neve começa a cair, é como um pássaro na parede.
E quando o pássaro finalmente voa, é como uma águia no céu.
E quando o céu começa a trovejar, é como um leão à porta.
E quando a porta começa a ceder, é como uma punhalada nas suas costas.
E quando suas costas começam a doer, é como uma faca no seu coração
E quando seu coraçãocomeçar a sangrar,
Logo
que começaram as férias, me senti cansado, retirei uma parte do meu tempo
pra repor as energias e ideias. Então, os pensamentos se amontoavam inúmeras vezes,
porque eu sabia muito bem que a Dávila estava novamente com um cara que só
estava a usando. Eu queria realmente entender o que a fizera tomar essa decisão.
Sei que todo mundo merece uma segunda chance, mas nesse caso o benefício da
dúvida já estava mais do que gasto. Era eu quem deveria ter uma chance. Ela
teve a chance de me surpreender, mas preferiu desapontar. A gente nunca conhece
o outro tão bem, até que numa hora o som do coração seja mais alto que nosso
silêncio.
Eu
notei que eu não poderia ficar nessa eterna espera, esperando uma mulher que
preferira voltar pra o ex-namorado mesmo depois de ter ficado comigo e ainda
assim sabendo que eu era quem a faria feliz. Justo.
Eu resolvi sair com
alguns amigos de escola ainda, rever os que ficaram e que na época estavam
solteiros também. Reencontrei a Kristina numa sorveteria, conversamos, mas já estávamos
sem a menor química. Confesso que ela continuava com o sorriso lindo.
Ao sair de lá, fui
direto ao clube. Aproveitei pra dançar e conhecer um pessoal que eu nem sabia
que existia na cidade. Foi lá que eu conheci a Flavia. Eu até então nem tinha
reparado que ela era linda. Os meus amigos estavam de olho nela, e estavam
disputando quem pegava ela primeiro.
Dávila: Bem a cara de
vocês ficarem de apostinha pra ver quem pega mais ou primeiro!
Alfonso: Ei pode ir
parando, eu não estava na aposta.
Nesse tumultuado, o que
realmente aconteceu foi que nenhum dos dois pegou ninguém e a garota acabou indo
até mim rebolando como uma cobra; ficamos dançando assim por horas. No fim da
noite fui deixa-la em casa, e ficamos (ficar do verbo modificado “eu peguei a
menina de jeito, era o que ela queria mesmo”).
O resultado foi que só cheguei
em casa de sete da manhã. E claro que a minha mãe fez três milhões de
perguntas. Ela conhecia a Dávila e adorava. E eu com toda a certeza (na cabeça
dela) tinha passado a noite com uma safada qualquer.
Essas festinhas duraram
duas semanas, eu estava saindo, bebendo (muito) e o pior, ficando com a mesma
mulher. Como eu não estava acostumado a isso, quando chegou a terceira semana
eu falei que não queria mais ir. Ela me ligou no sábado a noite perguntando se
eu iria com ela pra uma festa da cidade vizinha. Eu fingi que o celular estava
péssimo, e que não estava escutando absolutamente nada. Mais tarde no mesmo dia
ela me encontra antes de ir pra outra cidade na sorveteria com amigos e
pergunta:
- Você mentiu né?
- Eu? Claro que não
menti. Se quiser você liga agora pro meu celular e faz o teste.
Ela olha pra minha cara
como quem diz “cara vai se ferrar” e joga o sorvete na minha cara.
Alfonso: Eu acho que a
mulher precisa se dar ao respeito. Não adianta ficarem buzinando no meu ouvido
dizendo que a gente não dá valor e o monte de outras coisas. E eu acho que até
fui educado ao dizer que meu celular estava com defeito, afinal dizer pra ela “Eu
não estou mais afim, de puta o munda tá cheio” seria grosseiro e verdadeiro.
Qual o melhor?
Flávia: Eu vi no
Alfonso uma espécie de ilusão, de ser melhor. Sabe aquela ideia romântica de
que a gente sofre, chora e no fim isso é bonito, romântico? É tudo mentira. É
apenas dor, raiva, ressentimento. E sabe o que é mais interessante? É que
quando se sofre, quando a gente não joga em alguém que merece, faz isso com
outra pessoa que não tem nada haver com o sofrimento. Acho que deve ser nesse
ponto que as pessoas percebem não ter o tal do amor nas mãos. Eu não sai dali
chorando, e nada. Alfonso foi só mais um cara que eu jurei que poderia dar
certo. Não houve amor, sentimento, nada. Apenas foi um interesse momentâneo
entre dois corpos. Foi isso que eu entendi no fim.
Dávila: Juro que eu
gosto dessa forma de pensar da Flávia. Se todas pensassem assim a vida dos cafajestes
seria simples, facilitada, pela permissividade. E já está!
Alfonso: Ah meninas,
vamos analisar; a vida nem sempre é justa. É assim! Só que é preciso perceber
que a gente só recebe quase sempre aquilo que dá. O ponto nem é esse. Vamos voltar
pra parte interessante.
Acabaram as férias e eu
voltei pra meu apartamento. Cheguei pra arrumar tudo antes da segunda e deixar
tudo pronto pra o novo inicio. Assim que abro a porta dou de cara com um monte
de entulho. Coisas da Dávila e das amigas dela que entupiram meu apartamento
com quinquilharias que eu não sei pra que elas queriam.
Entrei, fechei a porta
e respirei. Fui até a geladeira pra ligar. E Assim que o fiz ouvi a porta fazer
um barulho. Era a Dávila indo pegar as coisas.
- Oii
- Oi
- Cadê meu abraço?
Dei um abraço. Um pouco
rápido e confuso.
Dávila: Sabia que você
tinha sido frio. Teus abraços eram sempre fortes, nesse você nem fez questão de
dar um abraço direito.
Alfonso: Claro, você
quase me joga contra a parede!
- Eu só vim pegar as
coisas.
- Deixa eu te ajudar.
Ajudei a levar as
coisas dela pra o apartamento, limpei tudo, e resolvi deitar pra descansar.
Pensar como seria daquele momento em diante. E como era inicio de período na
facul, com certeza teriam novas garotas, novos pensamentos, pessoas e mais
loucuras.
A semana passou quase
voando. Plena sexta feira, todos resolvemos sair pra mesma balada. Lá eu acabo
conhecendo a Diana. E fico com a menina, como se fosse apenas mais uma ficação qualquer.
Eu só não imaginava nunca que ela estava afim do meu amigo John, mas como o
John não quis nada com ela, acabou ficando comigo (como eu sou desejado né?).
A balada acaba. Deixo a
menina em casa, mas na porta do apartamento estavam mais 4 amigos dela. Ela
falou que ia ficar por ali, e eu fui pra casa dormir.
Diana: Confesso que pra
mim aquele beijo, ele, tudo foi perfeito. Eu já estava de olho nele uns 4
meses, mas como ele nunca notou que eu existo, tinha deixado pra lá até aquele
dia. Como eu gostava dele, resolvi que não ia deixar ele escapar das minhas
mãos. Não agora que o tinha.
Foi dessa forma que eu,
Alfonso, me vi preso, e numa situação complicada por causa de duas mulheres.
“Tenho me carregado tão perdido e pesado pelos dias afora. E
ninguém vê que estou morto."
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