"Onde expira um pensamento está uma ideia, ao derradeiro hálito de alegria uma outra alegria, à ponta da espada a magia - é para lá que eu vou."
"Quero dizer com isso que nós temos, no mínimo, duas
personalidades: a objetiva, que todos ao nosso redor conhece; e a subjetiva...
Em alguns momentos, esta se mostra tão misteriosa que se perguntarmos - Quem
somos? Não saberemos dizer ao certo!!!
Agora de uma coisa eu tenho certeza: sempre devemos ser autênticos, as pessoas precisam nos aceitar pelo que somos e não pelo que parecemos ser... Aqui reside o eterno conflito da aparência x essência. E você... O que pensa disso?"
Agora de uma coisa eu tenho certeza: sempre devemos ser autênticos, as pessoas precisam nos aceitar pelo que somos e não pelo que parecemos ser... Aqui reside o eterno conflito da aparência x essência. E você... O que pensa disso?"
Juro que ainda tentei
não vir aqui escrever sobre essas situações inusitadas que penso só acontecerem
comigo. No entanto, é bem provável que outras pessoas também estejam no mesmo
barco. E se isso acontece, imagino que seja falta de compreensão. Talvez.
Eu não entendo o não
entender das pessoas. E acho que são opiniões, visões de si, daquilo que é do
outro. Logicamente, se você não é igual, também não poderia sentir, ser, agir
igual. Mas na diferença, e intemperanças, sempre tem alguém que olha e pensa, e não bastando o pensamento em face modificada para ti como se fosse um animal extraterrestre, diz a opinião em voz alta ironizando a sua vida.
Pessoa intrometida: Porque
você sempre está só?
Eu: Só? O que você quer
dizer com “estar só”?
Pessoa intrometida: Ah
é que você sempre age de maneira tão distante, gosta de ler, vive tão reclusa.
Isso me parece tão estranho.
Eu: Você chama isso de “estar
só”?
Pessoa intrometida: É.
Você discorda?
Eu: Bom, eu não estou
necessariamente só. Tenho cá minhas necessidades de solidão.
Pessoa intrometida: Mas
eu não vejo você com ninguém, e sempre vejo seu olhar distante.
Eu: Sim, é porque de
fato eu não estou com ninguém. Simples. E meu olhar distante também tem
explicação.
Pessoa intrometida: Ah
já sei, você tem um amor por aí.
Eu: Não. Meu olhar
distante é porque minha imaginação é sempre mais feliz que a realidade. Se você
parar pra observar bem, o mundo anda muito cheio de maldade, e lá na minha
imaginação não tem muita coisa ruim.
Pessoa intrometida: Imagino.
[[[Pausa dramática]]]
Pessoa intrometida: Mas
porque você não tá namorando?
Eu: Porque não tem
ninguém para namorar.
Pessoa intrometida: Como não tem? Faltam pessoas?
Eu: Não é que faltem
opções, só que relacionamentos são complicados.
Pessoa intrometida: Não
acho complicado. Você é que complica. Olha aí, daqui a pouco você cria mil
defeitos, e o menos importante é a tua escolha final de motivo para não tentar.
Porque você arruma tanta desculpa?
Eu: Não arrumo
desculpa.
Pessoa intrometida: Não? Você não acha que tá escolhendo demais?
Eu: Desculpa, mas não
estou escolhendo demais. Só que respeito minhas individualidades. Não faria
sentido deixar alguém entrar sem invadir parte de mim. E se isso não é suficiente
para “escolher” quem eu deixo fazer parte da minha vida ou não, pode chamar de “solidão
escolhida”.
Pessoa intrometida: Então você assume que prefere a solidão?!
Eu: Não, eu assumo que
a solidão é muito mais tentadora do que recomeçar uma relação que tem mais
chances de terminar em nada.
Pessoa intrometida: Quanta prolixidade em relacionamentos?!
Eu: Pode-se dizer que
sim.
Pessoa intrometida: Você prefere viver de contos e literatura barata a viver um na realidade?!
Eu: Antes perder tempo
aprendendo alguma coisa do que viver relações de boteco. Porque é isso que eu
vejo, relacionamentos de 2 meses, amores e paixões podres. Sexo, droga e musica
ruim. Isso não combina comigo.
Pessoa intrometida: Pra
mim é apenas baboseira.
Eu: Claro, não retiro
seu pensamento. Cada qual com sua forma de viver.
Deixando
a conversa um pouco de lado, sinceramente eu não entendo a necessidade das
pessoas de estarem com alguém e de demonstrarem pra sociedade que são “felizes”
quase como uma ditadura pessoal. Eu sei que eles também não me entendem. No
entanto, eu sou muito feliz sendo exatamente desse jeito meio torto. Ser assim
me basta por agora. E se mais adiante precisar modificar essas velhas amarras, “Deus
vai dar aval”.
“Eu tenho uma espécie de dever, dever de sonhar, de sonhar
sempre,
pois sendo mais do que um espetáculo de mim mesmo,
eu tenho que ter o melhor espetáculo que posso.
E, assim, me construo a ouro e sedas, em salas
supostas, invento palco, cenário para viver o meu sonho
entre luzes brandas e músicas invisíveis.”
pois sendo mais do que um espetáculo de mim mesmo,
eu tenho que ter o melhor espetáculo que posso.
E, assim, me construo a ouro e sedas, em salas
supostas, invento palco, cenário para viver o meu sonho
entre luzes brandas e músicas invisíveis.”
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