"E se me achar esquisita, respeite também, até eu fui obrigada a me respeitar."

“Com todo perdão da palavra, eu sou um mistério para mim.


Um simples fato. Por um fio estamos andando, por um ponto de equilíbrio, você sempre tem chances de cair. E com toda a sinceridade de que tenho mantido minhas palavras, com um ar quase otimista, mesmo que muitos desconfiem da minha estória, escutem. Confie na minha intuição. Terminantemente, é possível ser sorridente estando na corda bamba. Eu por exemplo, posso ser igual algodão doce, mas se errar na minha simplicidade, meu doce não vira nuvem colorida.

E assim, reativamente, assinala-se uma contra resposta:
- Viver assim te dá medo? – Insistindo – Não tenha medo.
- É, tenho medo, como tudo que se faz com riscos.

Nesse momento, aí na tela do outro lado, quero que você possa me entender. Minhas palavras se edificarão. O grande questionamento será apenas quem tu és antes de se conhecer? Que dirá quem eu sou por agora?

Particularmente, eu acho que tudo o que somos se modifica. A alma é colorida, se pintada de azul escuro, ao colocar um degrade branco, a tonalidade muda. Todo mundo poderia perceber, é uma questão de espectro, uma questão de onda. São várias cores, intercaladas, e em simetrias que podem ou não antagonizar-se. E assim é sua alma, você compreende-se, modifica, e se transforma na sua própria extensão.
Tudo bem que toda teoria criada por mim apresenta um toque de imaginação, mas pensa cá com meus botões e os seus. Tem tanta gente que é de um jeito num dia, no outro é outra completamente diferente, mas nem percebe em si a mudança. Cada pessoa adsorve-se na outra, se transforma numa só, dividem suas emoções, repartem as dores, multiplicam as felicidades. E em pequenos segundos todos possuem a mesma cor, mesmo sendo diferentes.

Já que começamos nesse ponto, vamos usar da minha inquietação distraída. Eu sou tão diferente, mas a minha diferença preserva minha calma. A pergunta que assola esse momento é: O que aconteceria se eu tirasse tréguas da minha diferença? O que eu seria então? A resposta, me obriga a distrair da indagação. Quem sabe, em partes, por pedaços minimamente observados, eu tenha trégua das velhas perguntas?!

Mesmo assim, é sempre esperado a sequência da pergunta: O que te faz querer trégua do que te faz ser você? Porque tão necessário?

Isso me torna a inquietar outra vez. Sou eu uma constante visualização já conhecida e esperada? Sou tão previsível assim?

Não vou mentir que em incomoda deveras, e a paciência até quer se esvair numa ocasião como esta! Isso me faz ter a necessidade de buscar algo para distrair-me, mas, vez ou outra, sei que é impossível deixar pra trás tais questionamentos, porque fica faltando um espaço do que me faz existir. 

Desesperante ... Surpreendente.

Isso, por consequente, me faz lembrar do assunto que estou (estamos) a detalhar. Eu. Hoje. Amanhã. Depois de depois de agora. É como ser especialista de alguém, mas ser estranho de si?!

Vejamos, no decorrer das minhas próximas palavras, descreveremos eu, tu, nós, vós, um violão, um branquelo esguio, olhos, bocas ... silêncios.


Vi sete lados, sete espaços que eu não vou nunca me esquecer. Se sou eu, se és você, eu já não sei dizer. Sejamos perguntas. Sejamos respostas. 

“(...) a única verdade é que vivo.
Sinceramente, eu vivo.
Quem sou?
Bem, isso já é demais(...)

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