"Mas amor, você sabe, amor não se pede. Amor se declara: sabe de uma coisa? Ele sabe, ele sabe.”
Hoje o mundo me pediu mais alma pra te perceber seus olhos em
mim, meu amor, são a alegria dessa vida"
É engraçado como as
palavras que nem sempre buscadas são jogadas na nossa frente. Seja por intermédio
de alguém, seja por consequência da curiosidade em si. E o grande “causo” de me
apetecer o decair na lábia letrista de amar, é justamente a curiosidade. Saber
de onde e por onde aquelas palavras chegaram até lá. Ali.
O que simplesmente
aconteceu foi o encontrar de certo texto descrevendo um amor não permitido. Um
amor de quem acorda triste, sozinho por não estar com quem se quer ao lado.
Enquanto do lado de fora um sol que convida a sair, por algum custo não estava
tão convidativo naquele dia, mas ainda assim havia a urgência por necessidade
de ir-se pra lá ... pra ACULÁ! E mesmo com toda a falta de vontade de obedecer à
rotina, levantou, tomou um banho, café da manhã e prosseguiu como todos os dias
comuns. Ainda assim, olhou pro relógio, 07:07 da manhã exatamente, mandou a
mensagem como se estivesse lá dando aqueles beijos e cheiros de bom dia, mas
não – não mesmo – não havia corpo presente. Não havia o cheiro da pele morena.
Havia só a sensação. Um suspiro triste percorre todo o pulmão agoniado.
Vai pra fora, dá os
primeiros passos. Tenta se reanimar de alguma forma. Afinal, tem tanta coisa
triste ao redor e aquilo tudo é apenas ausência de corpo. O jeito é ir. Pé na
frente de pé até o fim.
E porque se faz assim? Exatamente desse jeito?
Porque ausência dura três segundos. Porque quando a gente gosta, distância vira
centímetros. Eis que essa ausência é de corpo, de alma não tem distinção entre
as duas criaturas que se entrançaram. O sorriso fica quieto até o momento que
uma chamada perdida é avistada. O rosto se iluminou por completo, nem pensou 5
segundos e já retorna pra ouvir a outra voz rouca de quem acaba de acordar ao
ver a mensagem. Só pra dizer que te ama.
A verdade é que
levantar longe é um tanto triste, mas a proximidade que é criada nos segundos
posteriores ao abrir os olhos, pode ser uma pequena melancolia de saudade que
só aumenta a cada dia ao ter que sair da cama que se divide sem dividir de
fato, ainda.
Eu não sei o que
aconteceu noite passada, não sei o quão completa me tornei, torno todos os dias.
Não adianta o quanto eu obrigue-te a se distanciar, a tua ausência me provoca,
me persegue de volta ao mesmo lugar. Então fico presa. Imóvel. Completamente no
teu comando. E no outro dia, até esqueço que eu sou eu, e você é outra pessoa.
E recomeça nosso velho ciclo vicioso. Te quero, te espero. Imploro pro dia
terminar um pouco mais cedo. Pra voltar a ouvir aquela voz, já menos arranhada
ao fim do dia. E o que há de tão bom é justamente o inatingível de querer-te.
Porque nunca é o suficiente.
"Sabe, quando a felicidade invade, quando pensa na
imagem da pessoa, quando lembra que seus lábios encontraram outros lábios de
uma pessoa"
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