Eles foram, todos, nada sobrou

Eles vivem uma realidade fictícia e iludida num mundo pequeno e confuso, ali deixam-se pegar os medos mais obscuros e trancar a porta para eles não machuquem mais, assim os sonhos não seriam desfeitos até que os olhos abrissem.

Dizem que não existe metafísica da imperfeição, apenas a metade do corpo não consegue ser simétrico ao outro, isso amplia as almas apáticas. E falam por saber que nada é totalmente perdido da memória, amargurando cada pedaço de sentimento que possa sobreviver depois de anos prostrados um a um.

Foram mil, foram 10 mil, foram-se todos, sempre a dobrar um mistério imperioso que saia de seus peitos enlameados de cor vinho, como se cada vez que abrissem seus olhos o céu ficasse colorido e morresse num escuro que apenas o medo chegava até as pupilas e se desfazia em um conflito interno cada vez maior. Escondiam os olhos, tampavam seus rostos até cegar completamente. E por dentro, a beleza ia desvanecendo.

Essas lágrimas hipócritas não merecem olhares, elas fogem da realidade, e se fecham enquanto explicações sobre tudo num sorriso que ainda se procuram em algum lugar que já não é tão desconhecido.

Foram mil, foram 10 mil, foram-se todos, sempre a dobrar um mistério imperioso que saia de seus peitos enlameados de cor vinho, como se cada vez que abrissem seus olhos o céu ficasse colorido e morresse num escuro que apenas o medo chegava até as pupilas e se desfazia em um conflito interno cada vez maior. Escondiam os olhos, tampavam seus rostos até cegar completamente. E por dentro, a beleza ia desvanecendo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

I'm miss your touch - Emily Browning

A vergonha

Indignada...