Meu ponto de partida

As coisas que escrevo as coisas que canto, inspirações momentâneas a que me deixo levar às vezes em pranto, às vezes em silêncio, às vezes com medo e mesmo assim me deixo ser palavras que se encontram ao acaso entre o lápis e o papel, com notas musicais ao redor cantando em voz alta na minha imaginação.
Vou tão alto, chego a perder até o controle, mas não tenho motivos pra parar, se o que mais gosto é estar entre as palavras rimadas e mal elaboradas que se concertam pouco a pouco.
Não existe lugar onde eu não possa ir, imaginação que eu não possa fazer real e em poucos segundos tenho um mundo inteiro novinho pra experimentar.
De trezentas palavras uma só pode ser a mais importante, mas sem a força das outras ela não tem tanta cor quanto um lápis colorindo o preto e o branco.
As palavras se repetem sempre, a maior parte delas com outra configuração, mas eu posso sempre mudar tudo, e com as mesmas palavras mudar o sentido e tudo o que estiver ao meu alcance.
Eis o amor entre os filhos da interpretação, o poder da palavra e o aprendizado construído, é a guerra mais insana, a destruição mais cruel, por palavras te faço me pedir desculpas mesmo que a culpa não exista além destas linhas.
As palavras não apresentam limites, porque a imaginação tem de tudo um pouco, e sabe até onde o universo é infinito.
Seja um simples adeus, ou uma explicação exacerbada, nada tem mais força que um não e um ponto final.

Seguindo as proporções da irracionalidade que se faz tão real aos meus olhos, eu tento ser forte, mas tua ausência me perturba a memória maltratando as feridas que nunca cicatrizam.
Queria desaparecer, tirar você do meu mundo, mas quando a noite apaga a luz do dia, todos os meus anseios gritam por você.
Eu te trouxe um pedaço do céu, com lágrimas de vidro em forma de estrelas, te coloquei como o mais lindo dos meus sonhos. Acreditei nas minhas alucinações fixadas em desejos.
Enquanto voava, tantas histórias passaram em minha cabeça, todas as escritas imparciais de doces lembranças. Meu paradoxo em forma de sinopse, interiorizada no silêncio quase permanente de meus devaneios.
Se inconscientemente me fiz cair nas garras de tua presença, conscientemente cai na tua mentira que me ludibria, mesmo que eu já conheça essa história tão particular a nosso mundinho.
Sou tão frágil a ponto de cair no mesmo erro, mesmo assim não me arrependo. Você ainda é o meu segredo, e a resposta que mais procuro em mim mesma.

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