A explanação

O coração que toma ódio, não sossega simplesmente por sossegar. É como um devaneio completo entre alma e coração. Em que a trama se torna emocionante quando os envolvidos estão loucamente interligados.

Enquanto arquitetava a idéia de como seria o fim, previa cada movimento, como se houvesse uma conta exata para cada movimento da Lavínia. Calculava o que a Lavínia meio louca seria capaz de fazer, o que a observadora teria ou poderia perceber, o que a desorganizada iria conseguir tornar mais inadequado e doloroso (mas nesse caso, parecia que aumentava todo o frenesi). Porém, a Lavínia puritana era impossível de desconfiar. Ela tinha uma estratégia toda pontuada, e cheia de interrogações que ultrapassavam o olhar.

A cada segundo, o terrorismo interno era exalado como suor frio de quem arquiteta uma ponte frágil. Todo plano por mais perfeito que seja, sempre deixa rastros. Era estranho toda a sentimentalidade envolvida. Até pra mim, pareço sentir, como se eu também fizesse parte da trama que eu não vivi. E é estranho, mas parece que é como se houvesse perdido um link, como se fosse esse ponto chave que os unia. E foi esse detalhe que estragou.

A Lavínia sempre foi mais do que ele esperou, mais do que ele achava possível sentir, e depois de todo o alvoroço por dentro, simplesmente perdera tudo. É nesse ponto que todo o mistério se faz existente. Houvera um coração, quebrado. E assim aconteceu, porque a Lavínia se deixou ser quebrada. E todo mundo findou achando que seria hora de acreditar no ‘por querer’.

A partir desse momento não houveram mais chances . E cada suspiro foi detalhado numa dor final. A morte de Lavínia. A dor era extravagante demais, impossível de suportar. E a resposta se tornou a mesma, ‘foi por querer que o fio da nossa história se partiu’.

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