Esquecer de lembrar


Um tanto quanto tola. E um pouco perdida. Isso faz parte de quem sou, e o que eu sou. É assim que sinto falta de mim. Porque a cada dia que acho respostas para perguntas antigas, novas perguntas aparecem. E eu confesso, me encontro perdida nos meus pensamentos loucos que cruzam entre si.

Sinto uma ausência daquilo que fui um dia, mas não quero voltar. Agora eu sei por que procurei por tanto tempo quem eu sou, os motivos de me assaltar diante das respostas que eu mal conseguia lembrar, e me assustar com tamanha confusão. 

Por um momento eu consigo rir de mim mesma. Já sei controlar minha loucura, e assim ninguém nota minhas pontas duplas de [in]felicidade. Além disso, eu vejo tantas coisas, sinto um número infinito de sensações, mesmo sabendo que é muito simples ver, mas sentir é perigoso. Só não me proíbo mais, por não saber conseguir que assim seja.

Depois que determinados momentos passam, conseguimos constatar, o antes a gente desaprende quando não vale a pena o esforço de resgatar. E então, somos fisgados nessa corrente de querer entender o que não se entende por ter esquecido como se faz pra lembrar de lembrar. 

E agora eu não sei, nunca soube. Por isso me pego sempre fazendo as mesmas perguntas. Encontrando as mesmas respostas. E por mais estranho que pareça, voltando a esquecer, por não lembrar-se de nunca esquecer. 

Não importa, já me aquieto aqui nesse ponto inócuo. Como diz Carta a Gerd Hilger “Me olho no espelho (só de relance, não devo me deter demais, é perigoso) e digo quieta, sua bicha, vai fazendo tuas costurínhas aí e pára de bancar a Cinderela“.

Comentários

  1. Teus textos estão com um ar de saudade. Sentindo falta de alguém em específico (mesma pessoa de sempre)?

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  2. Sentindo falta de mim.

    Ando me sentindo tão distante. =/

    Vai entender.

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