"O amor é uma doença."


Percebo que eu não sei o que dizer pra você, e isso me faz lembrar todas as coisas e pessoas que deixei passar por não estar preparada pra seguir, e por causa da minha dificuldade de não querer permanecer aqui. 

Minha vontade mudou, meus medos se perderam, e acho que eu também fui dissipada. Porque eu não sei transparecer superficialmente aquilo que é tão profundo. O que está aqui ficará, aqui, até que tenha se apagado a ultima chama que houver. 

Eu não sou capacitada a entender o motivo dessa mania de querer sempre voltar. Essa necessidade de um estar ao lado do outro. Tudo bem, eu sei que não é pra entender, é pra sentir, mas o ponto não é esse. Ainda não é isso que me incomoda e me faz querer compreender (como se fosse possível).
Sabe? Eu queria entender essa exatidão das coisas, essa necessidade de querer. 

É mais ou menos assim, você quer a mesma pessoa que também te quer, mas por algum motivo os momentos não se encaixam. Parece que as sintonias estão destonadas. Enquanto um está em Fá, o outro permanece constantemente no Ré. 

O mais incrível é que dá uma saudade. Mesmo nesse desencontro de sustenidos. E ainda assim é incompreensível. Eu tenho retalhos do completo, e assim, sempre ficam buracos gigantes. É por isso que eu não entendo, mas esse não compreender não é ruim, porque eu sinto. Mesmo com esse monte de buracos, eu ainda sou inteira. De alguma forma completa e desconexa. 

“(...) Eu descobri que tentar não ser ingênua é a nossa maior ingenuidade, eu descobri que ser inteira não me dá medo porque ser inteira já é ser muito corajosa..." (Tati Bernardi) 

Não é tão simples né?! Mesmo que seja, eu não seria capaz de admitir. É tanta loucura que acontece em tão pouco tempo, e tanto sentimento envolvido. Você se torna escrava de um sentir necessário porque não pode vencê-lo. Nada aquieta a volúpia interior. Nada preenche o que fica vazio por dentro. Não aparece nenhuma solução. Não há motivo. Existe apenas o querer incontrolável e que dói, destrói, racha o coração e a alma. 

“... Amar dói tanto que você fica humilde e olha de verdade para o mundo, mas ao mesmo tempo fica gigante e sente a dor da humanidade inteira. Amar dói tanto que não dói mais, como toda dor que de tão insuportável produz anestesia própria..."

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