Fim de jogo


As lembranças das quais eu já tentei tornar reais, por serem apenas lembranças. Minhas loucuras. Loucuras alheias. Que não podem ser jogadas no horizonte dos olhos que não enxergam. Mas fora do contexto chega uma nova peça do tabuleiro. A rainha. Que não consegue reconhecer o retrato pintado pelos reflexos no espelho.
Ela cansou do tempo parado. Ela cansou de esperar pelo checkmat. Porém, ela não se apressa. Está tudo tão friamente calculado. Ela mantem as coisas exatamente como tem que manter. E então, a ultima jogada.
Por agora os cavalos se posicionam. O rei toma seu lugar. E o checkmat ordena o inicio de uma nova partida.
As loucuras alheias são tão efêmeras quanto o vencer da rainha. Um dia o jogo ganha estratégia, o vencedor fica no chão. Mas a rainha, impiedosa, ela nunca se rende.

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