Superei você!


Sabe aqueles momentos imperfeitos resultantes de deslizes? Em que os sentimentos ficam confusos? Em que a ansiedade toma conta do nosso coração e  ele acelera desesperadamente? Sabe aquelas confissões esquecidas? Nossas palavras soltas? Minhas palavras “bonitas”? As partituras que eu criava tudo tão estruturado em nada? Pois é.  Isso foi perdido. Ficou no meio do tempo. E pra meu azar eu não fui capaz de esquecer por muito e muito tempo. Nem você.
Ambos sentimos. Acreditamos. Foi grande, intenso, forte, maior do que eu sou capaz de descrever. Mesmo que eu acredite que só eu senti. Mesmo que você tenha dito sentir e eu não acreditei. Eu não acredito. Nunca acreditaria.
‘Quis tantas respostas, tive tantas perguntas. Pensei tanto sobre tudo. E mesmo quando finjo não lembrar, do que tento inutilmente esquecer, ainda vem aquele frio, aquele sentimento que eu sempre quis arrancar de mim’. Foi assim por um longo tempo.
O nosso mundinho girou no sentido contrário. A gente não conseguiu mais compreender. Abriu uma distância assustadora. E o mais intrigante, ninguém tentou mudar isso.
Essa falta que eu sinto hoje, agora, amanhã, depois, pra sempre, me cala, me inunda. Se antes eu tentava preservar tudo o que eu sentia, todo o sentimento (cada detalhe), hoje eu tento me manter assim, distante. E pela primeira vez, gostaria de ser esquecida.
“Mesmo sem saber o que virá depois,
calada lembro do que houve entre nós dois”
E aqui eu confesso mais uma vez, essa dor física de falar, uma dor absurda. “Eu superei você”.
O começo? Não, é mais. O reinicio e sem você. E toda a ansiedade é desfeita. E as lembranças aos poucos ficam mais escassas. E por fim, eu posso voltar a viver sem sofrer.

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