Se quiseres ...

Te guardei no bolso, mais uma vez.

O papel que te embrulhei é prata,

Alumínio se quiseres,

E cheiras a ti,

Que te lá enroscaste,

Aninhaste,

Se quiseres.


Ainda o tenho na mão porque ainda não quero admitir que te deixei ir.

Te trago sempre comigo,


No bolso,


E cinco minutos apenas bastam para te lembrar no peito,

Onde dói,

Quando não estás.

A saudade de ter tido a tí no meu abraço

E são então horas de te lembrar,

No bolso furado que te largou,

Que não se deixa coser,

Que não deixa apagar o fato de teres ido,

Quando vais,

Quando eu te deixo ir,

Se quiseres.


São facas que se espetam,

Chicotes que me batem,

Correntes que me prendem,

Saudade,

Se quiseres.

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