Real e insano ...

A maioria das pessoas só aprende as lições da vida, depois que a mão dura do destino lhe toca no ombro. Eu sou uma dessas pessoas, demoro bastante pra entender quando determinadas coisas já estão no passado.

Mas sabe o que machuca é ter dado meu coração, sendo isso o melhor que eu poderia dar a alguém.E se isso não foi suficiente, então eu não fui suficiente para você. E isso sustentava alguns dos meus sonhos.
Agora, com os pés completamente na realidade, tudo parece tão diferente.  Quando você se perde e tem duas opções: achar a pessoa que você é por dentro... Ou perde-la completamente. Eu parei nesse ponto, e acho que escolhi não deixar a pessoa dentro de mim se afogando, mas sempre conseguindo voltar a superfície pra tomar um folego suficiente pra sobreviver.
Não há desespero tão absoluto como aquele que vem com os primeiros momentos de nossa primeira grande tristeza. Quando ainda não sabemos o que é ter sofrido e conseguir curar-se. Ter se desesperado e recuperado a esperança. É assim que me sinto agora, mais livre da dor de perder alguém importante e ver que mais pessoas que precisavam bem mais que eu desse alguém. É estranho pensar que nunca mais será possível ver aquela pessoa.
Por esses dias ficou no pensamento que não podemos deixar o fogo se apagar, faíscas por insubstituíveis faíscas, na troca perdida no não exato, do ainda não, do de jeito nenhum. Não deixar o herói na sua alma se extinguir, numa frustação pela vida que você mereceu e nunca pôde alcançá-la. O mundo que desejamos pode ser ganho. Ele existe, é real. Não asfixie. É possível. É seu.
Como a vida é feita de momentos, eu também sou feita deles. Um momento de asfixia, um momento Lavínia, um momento Kaká e um momento M. E assim a gente aprende, que às vezes, nos deparamos com algum momento. E ele paira e dura muito mais que um momento… E o som pára; o movimento pára por muito, muito mais que um momento… E daí esse momento passa. E se torna um novo momento.  

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