Um quebra cabeça ...

Sinto-me poeta e louca também. Costuma doer do inicio ao fim de cada palavra que eu vou deixando se esvair pela tela.E apesar de parecer não estar atenta, estou atenta! [acho] Talvez eu até esteja, e assim seja por eu ter passado do ponto.
Acontece que quando a gente não tem algo (alguém) em nossas mãos por completo, o nosso orgulho faz a gente fazer de tudo para ter isso… e às vezes, passamos do ponto. Não percebemos que perdemos ou que acabamos por estragar tudo… o orgulho é muito traidor.
Orgulho é o meu pecado [um dos]. Mas no sentido de não me mostrar sensível, vulnerável.
O meu desejo de ter e viver, nesse caso, não passa por aí… Têm mais coisas bem interessantes envolvidas, mas nem todas as minhas atitudes estão veiculadas a ele.   
É confuso, é gostoso, é inquietante e, de algum modo, é bonito. Tentando definir com maestria, mas é isso mesmo! E depois, alguma coisa sempre leva e estraga tudo outra vez. Mas é bom. Como é bom tentar conhecer, desvendar... Tudo tão novo e excitante… A atração pelo novo é sempre compreensível e por muitas vezes inevitável. Enfim, não tem como se entregar com cuidado?!?! rsrs...Até se pode ter cuidado. Mas a empolgação, às vezes, toma conta… E depois que você direciona seu desejo e seu interesse a alguém, eles passam a não te pertencer mais. Apesar de não ver essa transferência. O desejo continua sendo seu. E a responsabilidade também.
Nessa complexa rede de sensações sempre sobra aquele ar de “eu quero fugir” ou aquele frio na barriga que parece transparecer na nossa face.  Sobre o ‘porquê’ fugir, é uma história bem mais complexa, mas acho que sentir isso é até comum.  E acho que as sensações, hoje, estão em muitos casos perdendo-se.
Não sei se pareceu… mas sinto tudo isso e não quero sentir. A gente vai se entregando aos pouquinhos, descobrindo tudo aos pouquinhos…Com mistério. Eu adoro essa descoberta passo a passo, aproveitar cada fase. Talvez, só isso consiga controlar minha empolgação! Re-vivo. Depois caio de novo, levanto de novo, me apaixono de novo, me acha tola de novo, fico com medo de novo, resolvo arriscar de novo, ou fugir de movo, e volto a cair de novo. Ou não, né? E o que é a vida a não ser essa absurda e idiota gangorra que a gente encara todos os dias antes de pôr os pés no chão???? É o tal do risco por querer ter sido humana… Mas, afinal, que importa??? Além da gangorra, é uma deliciosa montanha russa…Pra mim, importa! Por isso gosto tanto!
Entre meu instinto e o meu impulso há um salto no escuro da vontade, um frio de quem perdeu o horizonte, mas que mesmo assim quer ir em frente, sempre, mesmo que de cabeça… para baixo.
A gente pode até tentar, mas se o Lobo Mau for, realmente, esperto… ah, não tem escapatória! E se a princesa não quiser ser resgatada, já sabemos o final.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

I'm miss your touch - Emily Browning

A vergonha

Indignada...