Maybe


Falar de amor nem sempre é muito fácil ou simples. Por que pra entender, é preciso mais que apenas sabe-lo. É preciso, sentir enquanto é marcado. E as decisões em diante, os sentimentos posteriores, serão o depois de alguém.

É inevitável não sentir nada ao ver que aos poucos alguém que você sentiu estar ao lado, sentiu fazer parte de ti, alguém que parecia compartilhar do mesmo pensamento, do mesmo sorriso, simplesmente foi se afastando, e cada vez parece mais distante.
Acho que essa partida, que não tem volta, traz dores irremediáveis e que nunca se apagam. Ficam escritas como as letras num papel branco. E que ao lembrar, parece que você está lendo, e novamente sentindo todo o turbilhão de sentimentos e sensações.

Toda a lembrança tem um centro principal, o alguém, o amado, o depois. E após ser passado, ficam apenas momentos que se atravessam, se atropelam, e nos machucam, por não haver mais nada além do acostumar com o “depois de...”. E é acostumando ou fingindo acostumar-se que a gente se pega mentindo, finge que esqueceu tudo, mas não quer voltar atrás. Fica sempre indeciso, porque sabe, mas não sabe tudo, e quando entende o que não sabe, prefere acreditar que não é verdade, mas isso não diminui a dor.

Deve ser essa presente ausência de estar, em que as palavras se alteram, e emudecem. Foi nessa necessidade árdua de querer acabar com a dor que eu entendi por fim, que meus olhos estavam enganados de ti, bêbados e caídos. Não foi você quem partiu, eu já tinha retirado meus passos do lado dos teus a muito tempo, só não fui capaz de admitir. 

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