Sem final


O que cresce em mim, o que permeia por minha veias são parte de um mundo que as pessoas acham saberem tudo, no entanto, ao ver duas meras páginas abertas e cheias de letras, em que o pouco exposto esconde a verdadeira essência da literatura acabrunhada pelas páginas antigas. Se desconhece a minha história, leia-me, e entenda meu texto lírico, apagado, amassado, e jogado ao descaso por fazer sentido e depois não fazer mais nenhum. 
"And I hear your words that I made up
You say my name like there could be an us
I best tidy up my head I'm the only one
In love, I'm the one in love"
Caro personagem fictício ou realista, que tem o dom de mudar a sequência das minhas palavras, por favor, aqui te deixo o direito de uma fuga, nada de ter meu novo parágrafo amarrotado de você. Todos nós já sabemos que você só faz isso porque sabe do poder que tem sobre mim. E tudo fica acrescido quando resolves aprontar mais uma diante dos meus olhos arraigados de ti. Sempre termina impulsivamente, de forma banal, num fim de tarde. E eu fico perdida nos pensamentos, nas ideias retrógradas de ideais já abafados pela ironia do destino. Esses momentos cheios de sabores, reflexões absurdas, que me fazem perder o tempo que eu já não tenho.  E ao meu requinte no brilho dos teus olhos que refletem a luz, tomam um destino incerto, e as palavras adormecem em esplendor, criando um novo verso sobre ti, e nunca findando a inspiração. 
"And every time
I'm meant to be
Acting sensible
You drift into my head
And turn me
Into a crumbling fool"

É nessas horas que sou pega, mudando a forma de andar, olhar, e a minha forma inadvertida de tentar não pensar, por lembrar que faço tamanha força de esquecer aquilo que ficou incrustado com o decorrer da nossa historíola. Nesses momentos eu perco a força da coragem pra seguir em frente, me recuso a desertar-me. E aí vem o surto da lucidez momentos depois, que disfarço com minha seriedade o desespero. Então, me vejo encostada numa dessas paredes de beco qualquer, olhando numa direção de profundidade desconhecida, parada, sem mais reações, porque a própria realidade já foi capaz de retirar-me com o tempo.   
"Fool that I am,
For falling in love with you.
And a, fool that I am,
For thinking you loved me, too."

Dou mais uma vez o adeus, mesmo sabendo que volto noutra prosa que venha a iniciar. Porque, eu sei apenas falar de uma coisa só, do que ficou entre os pontos finais que escrevemos. 

"I hoped you'd see my face and that you'd be reminded
That for me, it isn't over"


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