Meias verdades

Não dizia palavras,
Aproximava apenas um corpo interrogante,
Porque ignorava que o sentir era mais forte
E cheio de perguntas
Cujas respostas eu nunca soubera. 

era assim:
................queres?
................queres algo?
................queres desejar?
................desejas querer?
................desejas-me?
................desejas querer-me?
................queres desejar-me?
................queres querer-me?
................queres que te deseje?
................desejas que te queira?
................queres que te queira?
..................................quanto me
queres?
..................................quanto me
desejas?
................ah quanto te quero
................quando te quero
................quando me queres...
Metade e metade, sonho e sonho, carne e carne,
Iguais em figura, iguais em amor, iguais em um todo só deles.
Embora seja só uma esperança,
Porque o sentir é uma pergunta cuja resposta ninguém sabe. 
"Uma parábola invisível sabe
o rumo sossegado e vitorioso
em que minha alma, tão desconhecida,

vai ficando sem mim, livre em delícia,
como um vento que os ares não fabricam.
Solidão, solidão e amor completo." (Cecília M.)

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